Kering oferece bônus de 20 milhões de euros ao novo CEO De Meo

A Kering vai propor um bônus de entrada de 20 milhões de euros (22,89 milhões de dólares) para o seu novo CEO, Luca de Meo. Um valor a acrescentar a um salário anual global de cerca de 9 milhões de euros (10,29 milhões de dólares) e até 150% desse montante em ações, dependendo do desempenho.

Nos documentos apresentados antes da sua reunião de acionistas de 9 de setembro para formalizar a nomeação de de Meo, a Kering afirmou que iria propor que o executivo italiano recebesse um rendimento fixo de 2,2 milhões de euros e um rendimento variável até 6,6 milhões de euros com base no desempenho.

A Kering também irá atribuir a de Meo ações de desempenho no valor de 150% da sua remuneração anual combinada fixa e variável, acrescentou a empresa em documentos regulamentares publicados na quarta-feira, 30 de julho, elevando a sua potencial remuneração anual máxima para mais de 20 milhões de euros.

De Meo, que foi contratado na Renault, recebeu pela última vez um salário anual total de 12,9 milhões de euros, de acordo com o relatório anual da Renault de 2024.

Em contrapartida, o presidente do conselho de administração e diretor executivo cessante do grupo Kering, François-Henri Pinault, terá 0 salário reduzido para 700 mil euros, contra cerca de 4 milhões de euros anteriormente, informou a empresa.

Pinault, filho do fundador do grupo, François, dirige o grupo de luxo cotado em Paris desde 2005.

As ações da Kering, que perderam mais de 60% do seu valor nos últimos dois anos, ganharam 24% desde que a nomeação de de Meo foi anunciada em junho.

O bônus de entrada de 20 milhões de euros destina-se a compensar de Meo por um montante equivalente aos benefícios financeiros a longo prazo que perdeu ao deixar a Renault.