Kim Jones aplaudido de pé antes de receber a mais alta ordem de mérito francesa

Traduzido por

Helena OSORIO

Publicado em



27 de janeiro de 2025

Como metade de Paris parece pensar, se este foi o último desfile de Kim Jones para a maison Dior, então tratou-se de uma despedida brilhante.
 
Ostentando tudo o que Jones trouxe de inteligente para a Dior, estilo de alfaiataria temperado com uma pitada de roupas desportivas elegantes; uma paleta hiper precisa de cores; e a capacidade de equilibrar delicadeza com drama.

Dior Men – Outono-Inverno2025/2026 – Menswear – França – Paris – ©Launchmetrics/spotlight

Realizado dentro de uma tenda gigante feita sob medida atrás da École Militaire, em uma tarde terrivelmente chuvosa de sexta-feira, poucas horas antes de Kim Jones receber a Légion d’Honneur, a mais alta ordem de mérito francesa, fundada em 1802 por Napoleão Bonaparte.
 
Levando a uma primeira fila cheia de consagrados designers e amigos do Reino UnidoGiles Deacon e Neil Barrett; Kate Moss e Gwendoline Christie – para festejar a homenagem de Kim no restaurante de ‘haute gamme’ Laurent nos Champs Élysées.

Desde o acorde remixado de abertura da dramática “McQueen: Time Lapse” de Michael Nyman, o show parecia destinado a ser um sucesso. Começando com um modelo de olhos praticamente vendados – o primeiro de muitos – vestido com blusa de gola alta e saia até o chão de uma gabardina técnico; e seguido por outro de casaco barathea de seda preta – ambos com abas cheias de élan. Todos marchando vindos de uma grande escadaria construída em caixa de luz gigante. Refira-se uma ótima entrada.
 
Jones cortou os seus fatos favoritos – casacos idealmente esculpidos, onde o fecho central foi deslocado. Muitos deles desabrocham escudos de tecido ou alças e fitas nas costas. 
 
Feita em vários tons de preto, de cru e do mais brilhante rosa sorvete, esta foi uma coleção de desenvoltura e requinte moderno. Incluindo algumas blusas de couro altamente cobiçadas; casacos de crocodilo; e ótimos casacos A-Line. Já a sua nova meia-bota preta metálica com nó de cetim na ponta será um best-seller infalível. Merecendo totalmente os aplausos de pé que Jones recebeu.
 
No final, Kim Jones deu um longo passeio pela enorme passarela preta, parando para abraçar a CEO da Dior, Delphine Arnault, a filha mais velha do CEO da LVMH, Bernard Arnault, e depois Hélène, esposa de Bernard.

Dior Men – Outono-Inverno2025/2026 – Menswear – França – Paris – ©Launchmetrics/spotlight

Em outubro, quando as duas mulheres compareceram ao desfile de outra marca, a Loewe, do irlandês do norte Jonathan Anderson, os observadores insistiram que esta era a prova de que Jonathan assumiria as rédeas da Dior. Agora, que as mesmas mulheres abraçaram Kim calorosamente junto ao peito, isso significa que este pode ficar, afinal? As folhas de chá da moda serão lidas durante semanas sobre a sua presença.
 
Aconteça o que acontecer, Jones pode deixar a Dior de cabeça erguida. Triplicou os negócios da divisão de moda masculina e transmitiu uma sensação de estilo cool e divertido e elegância de alfaiataria. Além disso, há alguns anos, os seus desfiles na Dior foram os melhores da temporada internacional, um momento em que Jones estava realmente na zona.
 
Mas, no cruel mundo do designer de luta para manter os tronos da moda, os profissionais que saíam do desfile perguntavam se esse era realmente o último grito na Dior de Kim?!
 
E parando para olhar para trás, para a gigante tenda cinza da Dior, não pudemos deixar de notar o que havia por detrás dela. O túmulo de Napoleão, outro jovem que veio a Paris em busca de fama e glória. Antes de uma aposentadoria nada ideal.
 

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Fonte: Fashion Network

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