Publicado em
13 de outubro de 2025
O Lanvin Group anunciou esta segunda-feira que o seu presidente executivo e diretor financeiro David Chan decidiu deixar o cargo, com efeitos a partir de 27 de outubro, “para procurar novas oportunidades profissionais”.
Não existe nenhuma pista sobre quais são essas novas oportunidades.
A empresa acrescentou que, desde a fundação do Lanvin Group, Chan “tem sido fundamental no reforço da base estratégica e financeira do grupo, impulsionando a sua transformação numa plataforma global de luxo e apoiando o seu progresso contínuo após a listagem da empresa na NYSE”.
E o presidente do conselho, Zhen Huang, lhe agradeceu, em nome do conselho de administração e da equipe, “a sua dedicação e liderança ao longo dos últimos anos. As suas contribuições significativas foram decisivas para moldar a direção estratégica e os esforços de transformação do grupo. Desejamos-lhe contínuo sucesso nos seus futuros projetos. O Lanvin Group permanece bem posicionado para prosseguir o crescimento e criar valor de longo prazo para os acionistas”.
O próprio Chan afirmou ter sido um privilégio fazer parte deste “percurso notável” e que o grupo está posicionado para um “crescimento sustentável”.
Isto não significa que corte todos os laços com a empresa, já que o comunicado indicou que a empresa “implementou um plano de transição estruturado para assegurar a continuidade das funções financeiras e operacionais. Embora o Sr. Chan deixe as suas funções executivas, poderá continuar apoiando a empresa na qualidade de consultor”.
Mas, a saída de Chan não parece fazer parte de um processo de sucessão planejado, uma vez que a empresa afirmou que “fornecerá mais atualizações relativas à nomeação de um sucessor em devido tempo”.
O Lanvin Group detém a sua marca homônima, bem como a Wolford, a Sergio Rossi, a St John e a Caruso, mas tem enfrentado dificuldades nos últimos tempos.
Ainda no mês passado, referiu que, no primeiro semestre de 2025, as receitas recuaram 22%, para 133 milhões de euros, e a marca Lanvin registrou uma queda de 40% nas vendas. O lucro bruto diminuiu 26,8%, para 71,9 milhões de euros, e as perdas operacionais brutas se agravaram. O grupo atribuiu a situação à fraqueza persistente do mercado mundial do luxo, à diminuição das vendas em atacado na região EMEA e à virada estratégica do grupo para as vendas diretas ao consumidor.
O desempenho das marcas registrou quedas quase generalizadas, embora a St John se tenha mantido relativamente estável.
Nos resultados anuais mais recentes, divulgados em fevereiro, a empresa afirmou que as receitas totais haviam caído 23%, para 328,6 milhões de euros. As receitas da Lanvin recuaram 26%, para 82,7 milhões de euros; as da Wolford, 30%, para 87,9 milhões. A St John desceu 12%, para 79 milhões de euros; a Sergio Rossi, 30%, para 41,9 milhões; e a Caruso, 7%, para 37 milhões.
Isto significou que o lucro bruto diminuiu para 183 milhões de euros, refletindo uma margem de 56%, face aos 251 milhões de euros em 2023, com uma margem de 59%.
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Fonte: Fashion Network