Líder da Coreia do Norte afirma que programa nuclear continuará ‘indefinidamente’ | Mundo

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o programa nuclear de seu país continuará “indefinidamente”, informou nesta quarta-feira a mídia estatal, dias depois de o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrar abertura para retomar os contatos com Pyongyang.

Durante inspeção a uma instalação de produção de material nuclear, Kim também falou de uma confrontação “inevitável” com nações hostis e afirmou que 2025 será “um ano crucial” para impulsionar o arsenal nuclear da Coreia do Norte, segundo a agência estatal KCNA.

“É nossa firme posição política e militar e nossa tarefa e dever inalteráveis desenvolver indefinidamente a capacidade de contra-ataque nuclear”, declarou Kim.

A Coreia do Norte justifica o desenvolvimento de armas nucleares como uma forma de enfrentar ameaças dos Estados Unidos e de seus aliados na região, especialmente a Coreia do Sul, com quem permanece tecnicamente em conflito, desde a guerra entre os dois países nos anos 1950.

Embora o programa tenha resultado na imposição de duras sanções econômicas ao país empobrecido, Pyongyang declarou em 2022 que seu status de potência nuclear é “irreversível”.

Em resposta às declarações mais recentes de Kim, um funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que Trump buscará “a completa desnuclearização da Coreia do Norte, assim como fez em seu primeiro mandato”, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Durante sua primeira passagem pela Casa Branca, Trump se reuniu três vezes com Kim, tornando-se o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a se encontrar com um líder norte-coreano.

Em uma entrevista na semana passada, o presidente dos Estados Unidos disse que pretende “estender a mão” a Kim e o descreveu como “um sujeito inteligente”.

Essa estratégia de aproximação diplomática não resultou em avanços para uma eventual desnuclearização da Coreia do Norte, que, após a pandemia, retomou o desenvolvimento de seu programa de armas, incluindo as nucleares.

Fonte: Valor

Compartilhar esta notícia