Por
Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
8 de maio de 2025
A fabricante alemã de vestuário e calçado esportivo Puma registou um lucro líquido atribuível de 0,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma queda de 99,5% face ao lucro da empresa no mesmo período de 2024, de acordo com as contas publicadas esta quinta-feira, 8 de maio, pela multinacional.

Por seu lado, o lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) da empresa alemã situou-se em 75,7 milhões de euros no final do trimestre, 52,4% abaixo do valor do ano anterior.
Quanto às vendas, estas totalizaram 2,076 bilhões de euros, o que representa um retrocesso de 1,3% face ao ano anterior. As vendas na Europa, Oriente Médio e África (EMEA) cresceram 4,2%, para 891,7 milhões de euros, enquanto na América diminuíram 4,6%, para 753,7 milhões de euros. Já na Ásia-Pacífico o faturamento caiu 5,7%, para 430,5 milhões de euros.
Entre janeiro e março de 2025, as vendas de calçado da marca alemã totalizaram 1,186 bilhão de euros, 0,4% acima do registrado no ano anterior, enquanto as vendas de vestuário caíram 2,3%, para 594,3 milhões de euros, e as vendas de acessórios recuaram 5,4%, para 430,5 milhões de euros.
Markus Neubrand, diretor financeiro da Puma, que enfatizou que, apesar dos desafios do primeiro trimestre, a empresa continua empenhada em executar o seu programa de otimização de custos, que está progredindo de acordo com o planejado, sublinhou: “O nosso negócio de venda direta ao consumidor, impulsionado pelo comércio eletrônico, cresceu 12%, enquanto o nosso negócio grossista diminuiu 4%, principalmente devido à influência dos Estados Unidos e da China.”
E indicou: “Estamos a caminho de reduzir aproximadamente 500 cargos corporativos a nível global até ao final do segundo trimestre de 2025.”
Por outro lado, em relação à mudança no panorama do comércio global e à volatilidade macroeconômica, a Puma disse estar se concentrando em fatores controláveis e manteve inalterada a sua previsão para o ano fiscal de 2025.
Neubrand explicou, referindo que a empresa já reduziu as importações dos Estados Unidos procedentes da China: “Devido à significativa incerteza em torno das tarifas norte-americanas, não estamos neste momento quantificando as suas potenciais consequências.”
Assim, a Puma espera que as vendas ajustadas por tipo de câmbio cresçam na faixa percentual “de um dígito baixo a médio” no exercício de 2025.
Além disso, a empresa continua a implementar o seu programa de eficiência de custos, que deverá gerar custos pontuais de até 75 milhões de euros relacionados com o encerramento de lojas de varejo não rentáveis, despesas de reestruturação e outros custos não operacionais pontuais, enquanto a empresa espera gerar um EBIT adicional de até 100 milhões de euros em 2025.
Não obstante, a Puma planeja continuar a investir na sua rede de lojas de varejo e no negócio de e-commerce, bem como na sua infraestrutura de armazenamento e digital, para atingir os seus objetivos de crescimento a longo prazo e, por isso, prevê um investimento de capital (Capex) de aproximadamente 300 milhões de euros em 2025, acima dos 263 milhões de euros em 2024.
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Fonte: Fashion Network