Medicamento para obesidade Mounjaro estará disponível no Brasil em maio; confira os preços | Empresas

A farmacêutica Eli Lilly lançará no Brasil, nos próximos dias, a “canetinha” Mounjaro, uma das principais concorrentes do Ozempic no mercado global. A companhia afirma que, até 15 de maio, todo o varejo farmacêutico brasileiro estará abastecido com as dosagens de 2,5 miligramas e 5 miligramas.

O portfólio do Mounjaro conta ainda com canetas de 10 e 15 miligramas, além das chamadas dosagens de transição, que incluem os produtos de 7,5 e 12,5 miligramas.

O preço do medicamento para obesidade e diabetes ficará entre R$ 1,7 mil a R$ 2,4 mil, a depender da dosagem do composto tirzepatida e da adesão ao programa de fidelidade do laboratório. O preço é referente ao tratamento mensal, cuja embalagem conta com quatro canetas injetáveis de uso semanal.

De acordo com a Eli Lilly, os estudos clínicos do Mounjaro indicam uma perda média de peso de 20%, patamar superior aos 14% apontados pela concorrente Novo Nordisk no caso das canetas à base de semaglutida. A companhia afirma que o mecanismo de ação do Mounjaro, que atua na inibição de análogos dos hormônios GLP-1 e também GIP, é o diferencial diante de outros produtos disponíveis no mercado.

A expectativa é que o produto seja o maior lançamento da história da Lilly no mercado brasileiro, mas a companhia afirma que está preparada para evitar falta de estoque no país. “A gente sabe que a demanda por Mounjaro em todos os países que já foi lançado tem sido absolutamente sem precendentes e isto é um desafio para nós”, afirmou, em coletiva de imprensa, Felipe Berigo, diretor executivo de negócios de metabolismo da Eli Lilly.

Segurança contra roubos de cargas

A companhia não divulga qual será o volume do primeiro lote e a fábrica de origem dos produtos, “por questões de segurança”. Nos últimos meses, as distribuidoras de medicamentos ampliaram seus gastos com segurança em razão de roubos de carga de alto valor agregado, como no caso das canetas emagrecedoras.

De acordo com os executivos, não há “planos de curto e médio prazo” de inaugurar instalações para a fabricação do Mounjaro no Brasil, considerando que a produção do medicamento é “bastante complexa”.

“O Brasil é um país-chave do ponto de vista de investimentos, mas o foco mais importante é na área de pesquisa clínica. Acreditamos que é um investimento até mais impactante do que o das fábricas”, afirma Berigo. A Eli Lilly disse que, no ano passado, foram investidos R$ 250 milhões em pesquisas clínicas no país, alta de 142% em relação aos aportes de 2023.

Fonte: Valor

Compartilhar esta notícia