Metalúrgicos da Grande Curitiba lançam campanha de combate à violência e assédio contra a mulher

Aproveitando o mês de Março, onde se celebra o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, lança nas fábricas de sua base de trabalhadores, a campanha “O SILÊNCIO MATA”, de enfrentamento à violência contra a mulher.

Além da conscientização nas fábricas, o objetivo principal é incluir nos acordos coletivos um termo onde as empresas, junto com os trabalhadores, se comprometem a desenvolver ações de suporte e proteção para as mulheres vítimas de violência.

Uma vez assinado o termo, a empresa compromete-se a criar nas fábricas, juntamente com o Sindicato, uma comissão de acolhimento e encaminhamento das mulheres vítimas de violência tanto doméstica, como de assédio Moral e sexual.

“Queremos promover um ambiente seguro de trabalho para as mulheres através de ações corporativas que inibam todos os tipos de assédio, assim como deem suporte às trabalhadoras vítimas de violência doméstica. Não se pode ficar quieto diante de casos de assédio e violência. Por isso o nome da campanha “O silêncio mata”.

Ao promover tanto o acolhimento como o encorajamento, se cria condições para que a mulher que passa por esse tipo de situação possa se libertar”, enfatiza o presidente do SMC, Sérgio Butka.

AÇÃO NAS FÁBRICAS
Para divulgar a iniciativa, durante todo o mês de março, o Sindicato estará nas fábricas distribuindo um folheto explicativo aos trabalhadores com dados sobre a violência contra a mulher e fazendo o
lançamento da campanha. A primeira ação aconteceu hoje (10) na fábrica da Volvo(imagens em anexo).

A divulgação da campanha continua, conforme programação abaixo:
11/03: Volkswagen
12/03: Renault
13/03: Bosch
14/03: CNH

BRASIL PERDE R$ 1 BILHÃO POR ANO COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Segundo estudo da Universidade Federal do Ceará, o Brasil perde R$ 1 bilhão devido às consequências da agressão sofrida pelas trabalhadoras dentro de suas casas. Além disso, o afastamento do trabalho por vítimas de violência pode ser de até seis meses, segundo a Lei Maria da Penha.

Nos últimos 20 anos, a violência contra a mulher passou a fazer parte do debate público como prática que não deve ser tolerada ou legitimada. Ainda assim os números recentes são alarmantes. Somente em 2023, no Brasil:
• Houve o aumento de todos os tipos de violência contra meninas e mulheres
• Aconteceram 205 estupros por dia (76% das vítimas tinham menos de 14 anos)
• 4 mulheres foram vítimas de feminicídio por dia (7 em cada 10 foram mortas dentro de casa)
• Mais de 1400 medidas protetivas urgentes foram concedidas diariamente
• Em média 10 estupros coletivos por dia, foram notificados ao sistema de saúde do país

Devido aos números acima, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil ocupa, atualmente, a quinta posição entre os países com maior índice de feminicídios no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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Fonte:Bem Paraná

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