Olhar Digital > Pro > Com medo da China, Microsoft apela para que Trump facilite exportação de chips de IA
Empresa teme que parceiros comerciais recorram à rival para obter infraestrutura de IA

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A Microsoft está pedindo ao governo de Trump para flexibilizar as regras de restrições para exportação de chips de IA. A big tech argumenta que, com as limitações americanas, a indústria internacional recorreria à China.
O pedido será feito em uma postagem de blog marcada para ser publicada nesta quinta-feira (26). O Wall Street Journal recebeu acesso antecipado.

Microsoft vai apelar ao governo Trump
Na publicação, a Microsoft pede ao governo de Donald Trump para aliviar e simplificar as restrições para exportação de chips, que podem ser usados em data centers ou no treinamento de IA. A big tech quer que as vendas não fiquem limitadas aos aliados dos Estados Unidos (como Índia, Suíça e Israel).
A empresa argumenta que a consequência dessa limitação seria que os aliados enfrentariam um fornecimento limitado de chips, tendo que recorrer à China para suprir a infraestrutura tecnológica necessária.
Já a China está aproveitando as restrições para convencer países de que seria um melhor parceiro comercial no setor de IA a longo prazo do que os Estados Unidos.
Veja o que o presidente da Microsoft, Brad Smith, disse sobre o caso:
A mensagem é que esses países não podem contar com os EUA, mas a China está disposta a fornecer o que eles precisam. Isso não é bom para os negócios americanos ou para a política externa americana.
Brad Smith, presidente da Microsoft

Leia mais:
Qual o interesse da Microsoft?
A Microsoft é uma gigante global, com data centers e clientes espalhados ao redor do mundo. As restrições de Trump para a indústria de chips limitariam a negociação com parceiros de fora do grupo aliado aos Estados Unidos.
O que deve acontecer a seguir?
- O governo Trump ainda avalia quais restrições deve manter – e a pressão das big techs pode ter grande influência nessa decisão;
- Smith diz que a Microsoft é a favor de algumas regras, como os requisitos para exportação e a exclusão total de alguns países da comercialização, como China, Irã e Coreia do Norte;
- Outra empresa que já apelou para regras mais flexíveis é a Nvidia, citando um “excesso”. O Olhar Digital reportou aqui.

Vitoria Lopes Gomez é redatora no Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital