Ministro da Defesa defende punições diferentes aos envolvidos no 8 de janeiro | Política

Ao participar do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Múcio disse que as Forças Armadas “estão ansiosas” para que a apuração dos envolvidos na tentativa de golpe no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva sejam identificados e punidos, mas defendeu que os “organizadores” e os participantes dos atos que destruíram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, tenham penas distintas.

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“As Forças estão ansiosas para que isso termine”, disse, defendendo, em seguida, punições diferentes “a quem organizou” e a quem participou dos atos, em Brasília. “Eles precisam pagar, agora o que eu defendo é uma dosimetria. É simples”, disse. “Na hora que solta inocente ou alguém que não teve envolvimento muito grande, [isso] é uma forma de pacificar. Este país tem que ser pacificado. Ninguém aguenta mais esse radicalismo. A gente vive atrás de culpados. Brigamos só para ganhar a eleição”, afirmou durante o segundo bloco do programa.

Múcio reforçou que é preciso ‘pacificar o país” para superar o que chamou de “revanchismo”. Dos 40 indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre o golpe, 25 são militares, sendo sete oficiais generais.

O ministro criticou o vídeo institucional feito pela Marinha, em dezembro, ironizando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao questionar sobre os “privilégios” dos militares. Segundo Múcio, a gravação foi uma “imprudência”. “Aquele vídeo foi uma imprudência. Inoportuno”, disse o ministro. “Foi num momento péssimo”, afirmou sobre a gravação, feita em crítica depois do anúncio do governo do corte de gastos nas despesas dos militares.

Múcio disse ter levado, na ocasião, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois da divulgação do vídeo crítico a Haddad. Múcio disse, na entrevista, que Olsen teria reconhecido que errou, ao falar com Lula.