O míssil Trident II, usado na Guerra Fria, vai ter sua vida útil estendida para 2084 graças a contrato entre EUA e a empresa Lockheed Martin

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O míssil Trident II, usado na Guerra Fria, vai ter sua vida útil estendida para 2084. Isso graças a um contrato – de US$ 383 milhões (R$ 2,2 bilhões) – entre a Marinha dos Estados Unidos e a empresa Lockheed Martin. Com isso, o míssil nuclear vai permanecer em uso por, pelo menos, 94 anos.
A missão da empresa é modernizar o míssil. As modificações exatas não foram divulgadas, claro. Mas devem envolver melhorias em sistemas como navegação e controle.
Assim, o Sistema de Armas Estratégicas Trident II (SWS) D5 vai se tornar Trident II D5 Life Extension 2 (D5LE2), programado para entrar em serviço em 2040. A substituição dos Tridents antigos pelos modernizados vai ocorrer ao longo dos nove anos seguintes, segundo comunicado da empresa.
Uso do míssil nuclear começou na Guerra Fria e deve se estender até 2084
O míssel Trident II começou a ser usado no final da Guerra Fria, em 1990. Ele foi desenvolvido como um dos componentes da força de dissuasão nuclear dos Estados Unidos. E como todo o sistema de dissuasão nuclear da Grã-Bretanha.
Com três estágios, o míssil tem alcance máximo superior a 12 mil quilômetros. Ele carrega ogivas nucleares que podem ser direcionadas de forma independente.
Atualmente, 14 submarinos classe Ohio da Marinha dos EUA e quatro submarinos classe Vanguard da Marinha Real transportam o míssil nuclear. Cada classe Ohio carrega até 24 mísseis, e cada classe Vanguard carrega até 16 mísseis.

Os 14 submarinos Ohio devem ser substituídos por 12 submarinos da classe Columbia (veja acima). Já os quatro Vanguards britânicos devem dar lugar a quatro submarinos da classe Dreadnought. Tanto os estadunidenses quanto britânicos seguirão carregando o Trident II. E os estadunidenses também vão carregar um modelo de míssil hipersônico.
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Confira abaixo o lançamento de dois mísseis do modelo Trident II D5:
O míssil nuclear modernizado vai complementar e substituir gradualmente o estoque atual de Tridents por meio de manutenção. E conforme as novas classes de submarinos substituírem as antigas.
- Vale mencionar: o Trident II D5LE2 levará as ogivas nucleares W93/Mk7 e Astraea, novos modelos estadunidenses e britânicos, respectivamente.
Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba. Já escreveu para sites, jornal e revista. Agora, é redator do Olhar Digital, onde escreve sobre (quase) tudo.
Fonte: Olhar Digital