O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (10) que a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio – incluindo as do Brasil – deve ser encarada com cautela.
Segundo Silveira, é necessário manter a serenidade diante do cenário, destacando que muitas dessas declarações podem ser apenas “retórica” do presidente americano. “Uma parte dessas questões tão destacadas é mais bravata do que propriamente políticas públicas que vão se efetivar”, afirmou, durante visita às obras de transmissão da ISA Energia no norte de Minas Gerais.
O ministro ressaltou que, caso essa política protecionista seja concretizada, o governo brasileiro tomará medidas para proteger a indústria nacional. “A Camex [Câmara de Comércio Exterior] e o Ministério da Indústria [Comércio e Serviços – Mdic] vão propor medidas à altura dessa política protecionista americana exacerbada”, declarou.
Silveira também enfatizou a importância da defesa da indústria nacional para a economia brasileira. “Proteger o setor é essencial para gerar empregos e renda. O mundo enfrenta desafios enormes, e políticas protecionistas não contribuem para o cenário global”, disse.
Por fim, o ministro destacou a relevância do diálogo e a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução das relações comerciais com os EUA. “O Brasil tem seus instrumentos e é um país forte. Assim como exportamos muito para os Estados Unidos, temos capacidade de negociar em pé de igualdade”, concluiu.
As declarações de Silveira ocorrem em meio às recentes sinalizações de Trump, que, desde sua campanha para a presidência dos EUA, em 2024, voltou a defender medidas protecionistas. Durante seu mandato anterior, o republicano já havia adotado tarifas sobre o aço e o alumínio em 2018, afetando diretamente os exportadores brasileiros.
Neste domingo (09), Trump voltou a afirmar que irá aplicar tarifas de 25% a todas as importações de aço e alumínio dos Estados Unidos.
(*) O repórter viajou a convite da Isa Energia.
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Fonte: Valor