O escritor peruano Mario Vargas Llosa, dono de um prêmio Nobel de Literatura e ex-candidato à presidência do país, morreu neste domingo (13), em Lima, no Peru. A informação foi dada pelo filho, Álvaro, nas redes sociais. A causa da morte não foi informada.
“É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje em Lima, cercado pacificamente por sua família”, escreveu Alvaro Vargas Llosa, nas redes sociais. “Sua partida entristece seus parentes, amigos e seus leitores ao redor do mundo, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa, múltipla e frutífera, e deixa atrás de si uma obra que o sobreviverá.”
Vargas Llosa foi um dos romancistas e ensaístas mais importantes da América Latina e um dos principais escritores de sua geração. Alguns críticos consideram que ele teve um impacto internacional e uma audiência mundial maior do que qualquer outro escritor do boom latino-americano.
Alcançou fama internacional na década de 1960 com romances como ‘La ciudad y los perros’, ‘A Casa Verde’ e ‘a monumental Conversa na Catedral’ (Conversación en la catedral). Ele escrevia prolificamente em uma grande variedade de gêneros literários, incluindo crítica literária e jornalismo. Seus romances incluem comédias, mistérios de assassinato, romances históricos e thrillers políticos.
Em 2010, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura pelo livro ‘O Sonho de Celta’, com a Academia explicando que a honra lhe era concedida “por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual”.
Morou na Europa por muitos anos e, em 2011, ganhou o título nobiliárquico de Marquês na Espanha, onde residiu desde meados dos anos 2000.
Inicialmente simpatizante do socialismo e admirador de Fidel Castro, assim como da revolução cubana, Vargas Llosa acabou por adotar posições liberais, a ponto de candidatar-se à presidência de seu país por uma coligação de centro-direita, em 1990. Perdeu a eleição para Alberto Fujimori.
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Fonte:Bem Paraná