
Resumo
- O Galaxy Z Fold 7 apresenta telas maiores e corpo mais fino, com 4,2 milímetros de espessura.
- O aparelho tem cinco câmeras, incluindo um sensor principal de 200 MP. A autonomia de bateria foi otimizada, mas recarga ainda é lenta.
- O modelo chega ao Brasil em julho, nas cores azul, cinza, Jet Black e verde.
A Samsung apresentou hoje o Galaxy Z Fold 7, que faz parte da nova geração de smartphones dobráveis, com direito a um corpo muitíssimo fino: apenas 4,2 milímetros quando aberto. Além disso, o aparelho tem telas maiores, o que deve agradar os consumidores. Ele está confirmado no mercado brasileiro e sai de fábrica com a também recém-apresentada (e tímida em recursos) One UI 8. Por lá, os preços começam em US$ 1.999,99. Ainda não há informações para o Brasil.
O anúncio foi feito numa edição do evento Galaxy Unpacked em Nova York. O Tecnoblog está nos Estados Unidos para acompanhar tudo de perto.
O que muda no Fold 7?
O Galaxy Z Fold 7 mantém a ideia de ser um telefone completo quando está no bolso, que se converte num verdadeiro tablet quando é aberto ao meio. Não se trata de um salto dramático de tecnologia, mas sim de melhorias pontuais que se mostraram bem-vindas quando manuseei o aparelho pela primeira vez.
O destaque vai para as telas ainda maiores nesta geração:
- A tela externa passou de 6,2 para 6,5 polegadas, com resolução de 2520 x 1080 pixels (Full HD+)
- A tela interna cresceu de 7,6 para 8,0 polegadas, com 2184 x 1968 pixels (QXGA+)


Em especial, o display interno ganhou cerca de um dedo a mais de altura, o que significa que haverá mais espaço para consumir conteúdo ou, como eu costumo fazer no Fold 6, para executar dois aplicativos lado a lado.
O diretor de marketing de produto Rafael Aquino contou ao Tecnoblog que a dobradiça está mais resistente e o vinco, menos aparente. Aliás, este último atributo costuma incomodar alguns clientes que fazem o primeiro contato com o aparelho, mas normalmente deixa de ser relevante depois de quatro ou cinco dias de uso. Torna-se invisível.
Ambas as telas têm painel em AMOLED Dinâmico 2X e taxa de atualização de 120 Hz.
Ao ampliá-las, a Samsung segue aquele caminho do bigger, master, stronger. Na falta de uma inovação real no produto, optou por anabolizar algumas características que, cá entre nós, são bem-vindas.
Mais fino e leve


O Fold 7 está mais fino, conforme citamos mais acima, com 4,2 milímetros de espessura quando aberto. Os sul-coreanos – assim como outras fabricantes de telefone de ponta – estão chegando no limite do que é possível fazer, tendo em vista que a porta USB-C é necessária. Praticamente não há para onde correr.
Ainda assim, o desafio de afinar o Fold 7 resulta num telefone menos volumoso de carregar no bolso, mesmo quando está fechado. Este é um ponto positivo da nova geração, já que o Fold 6, apesar de muito competente, pagava o preço de ser também um trambolho na hora de carregar.


Lógico que quem opta por um produto neste formato abre mão de um design enxuto. Porém, o esforço de reduzir este contratempo ao máximo é notável. O mesmo vale para o peso, reduzido de 239 para 215 gramas. Pode parecer pouco, mas qualquer diminuição de peso resulta em mais conforto na utilização do aparelho. De quebra, também afasta a possibilidade de inflamação nas articulações devido ao uso prolongado (falo com conhecimento de causa, infelizmente).
No Brasil, o Fold 7 chega nas cores azul, cinza, Jet Black e verde, esta última comercializada apenas no site da Samsung.
Todos os acabamentos trazem certificação IP48 para contato com poeira e líquido. Há ainda proteção Gorilla Glass Ceramic 2 na tela, Gorilla Glass Glass Victus 2 na traseira e estrutura elaborada em Advanced Armor Aluminum. Em resumo, eu traduziria estes nomes comerciais como: sim, o produto está bem protegido, mas todo cuidado adicional é bem-vindo para preservá-lo por muito tempo.
Vamos falar das câmeras


Não temos novidades sobre os locais das câmeras do novo Fold: são cinco ao todo, localizadas na tela externa (uma só, para selfies), na interna (também uma, para videochamadas) e na traseira (aqui são três).
Os avanços estão nas capacidades dos sensores, em especial o principal:
- Frontal na tela externa: 10 MP, f/2.2, 85º
- Frontal na tela interna: 10 MP, f/2.2, 100º
- Principal (wide): 200 MP, f/1.7, 85º, foco automático com quad pixel
- Ultra wide: 12 MP, f/2.2, 120º, foco automático com dual pixel
- Teleobjetiva: 10 MP, f/2.2, 36º, PDAF, zoom ótico de 3x
O Rafael Aquino, da Samsung, bate na tecla de que o mesmo desempenho visto no Galaxy S25 Ultra poderá ser replicado no novo Fold. Os jornalistas e produtores de conteúdo do Brasil se mostraram interessados em testar essa novidade mais a fundo, até porque alguns já utilizam o Fold 6 em parte das gravações.
Podemos esperar resultados consistentes, com alta qualidade da captura tanto de fotos quanto de vídeos. Aliás, uma inovação de software é a ferramenta que realiza a redução de ruído conforme a gravação está acontecendo. Hoje, os aparelhos da Samsung com função similar fazem a limpeza somente depois que o material foi capturado.
Seu HDR passou de 8 para 10 bits, o que resulta numa gama de cores quatro vezes maior.
Os detalhes da ficha técnica
O Fold 7 sai de fábrica com o processador Snapdragon 8 Elite for Galaxy, uma edição especial do chip da Qualcomm. A quantidade de memória RAM depende da quantidade de armazenamento:
- RAM de 12 GB nos modelos com 256 GB ou 512 GB
- RAM de 16 GB nos aparelhos com 1 TB
Sim, a gigante sul-coreana continua apostando numa poderosa versão com tudo isso de armazenamento. É o prato cheio para quem trabalha com criação de conteúdo, por exemplo. Não custa lembrar: a linha do Fold jamais teve entrada para microSD.
A incansável fábrica de rumores sobre a Samsung ventilou, nos últimos meses, a possibilidade de o Fold 7 vir com espaço interno para a S Pen, canetinha eletrônica que ajuda a desenhar melhor. Nada feito, esta continua sendo uma exclusividade da linha S.


A bateria parece estagnada nos 4.400 mAh. Segundo Aquino, os compradores podem esperar uma autonomia maior, já que o processador mais recente da Qualcomm lida melhor com o consumo de energia. Este aumento não chega nem a 60 minutos, nas contas da própria empresa.
Eu sinto falta de avanços na velocidade da recarga, que está abaixo do visto em marcas rivais como Realme e Motorola, que já ultrapassaram os 90 W. Aqui, temos recarga com fio de apenas 25 W e sem fio de 15 W, um verdadeiro ritmo de tartaruga.
Curiosidade: a Samsung anunciou que o lítio agora faz parte dos materiais reciclados que são utilizados em seus produtos. Ele é fundamental para a produção de baterias de alta qualidade. Eu lembrei da crise com o Galaxy Note 7 e perguntei sobre a segurança deste processo. Por sua vez, os executivos da Samsung disseram que os componentes passaram por todos os testes antes do anúncio ser feito.
Quando chega ao Brasil?


Os clientes brasileiros podem esperar pela chegada do Galaxy Z Fold 7 ainda em julho. A Samsung deve sediar um evento local, no qual apresentará os detalhes das vendas, preços e condições. O mesmo vale para o Flip 7, também apresentado neste Unpacked, e os relógios Galaxy Watch 8 e Galaxy Watch 8 Classic.
Nesta edição, o Unpacked não teve nenhum anúncio de fone de ouvido.
Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Samsung
Fonte: Tecnoblog