Mulher da Geórgia processa clínica de fertilidade após dar à luz uma criança que não era sua

Uma mulher da Geórgia, nos Estados Unidos, está processando uma clínica de fertilização após descobrir que deu à luz um bebê que não era seu. Krystena Murray, de 38 anos, optou pela fertilização in vitro (FIV) e escolheu um doador de esperma com características semelhantes às suas. No entanto, ao dar à luz em dezembro de 2023, percebeu que o bebê não poderia ser biologicamente seu.

Apesar do choque, Murray decidiu ficar com a criança e a criou por cinco meses. No entanto, os pais biológicos do bebê entraram na Justiça e conseguiram a custódia, obrigando Murray a entregar a criança em maio de 2024.

Agora, ela está processando a Coastal Fertility Specialists, acusando a clínica de negligência. Segundo o processo, a clínica implantou erroneamente o embrião de outro casal em seu útero, em vez de um óvulo fertilizado com o esperma do doador escolhido. “As ações da clínica quase me destruíram e me fizeram questionar se devo ou não ser mãe”, disse Murray ao The Washington Post.

A Coastal Fertility admitiu o erro e lamentou o sofrimento causado, afirmando ter reforçado protocolos de segurança para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer. “Reconhecemos o impacto profundo que essa situação teve sobre as famílias envolvidas e expressamos nossas mais sinceras desculpas”, declarou Isabel Bryan, diretora executiva da clínica.

Murray descobriu a troca por meio de um teste de DNA feito em janeiro de 2024. A clínica confirmou o erro em março, e os pais biológicos do bebê entraram com uma ação para recuperá-lo. Diante da impossibilidade de vencer a disputa judicial, Murray decidiu abrir mão da guarda.

A perda do bebê deixou marcas profundas. “Carregar um bebê, se apaixonar por ele, dar à luz e construir o vínculo de mãe e filho, apenas para tê-lo tirado de mim, é algo de que nunca vou me recuperar completamente”, desabafou.

Prêmio Glamour de Beleza:

Além do trauma da perda, Murray ainda não sabe se seu próprio embrião foi implantado em outra mulher, o que significa que pode ter um filho biológico sendo criado por outra família.

Apesar do trauma, ela ainda sonha em ser mãe e decidiu iniciar um novo tratamento de fertilização em outra clínica. “Espero continuar minha jornada para ser mãe”, afirmou.

Fonte: Glamour

Compartilhar esta notícia