Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
11 de setembro de 2025
“Preencher a lacuna entre a perícia editorial francesa e a efervescência da cultura Pop americana”: essa é a ambição da edição nova-iorquina da Numéro.

Com o início da Fashion Week na megalópole americana, o grupo Mazarine, proprietário francês da publicação de moda e cultura, lança uma versão para Nova Iorque. Esta nova edição pretende combinar a elegância parisiense com a criatividade americana. Com este lançamento, a revista fundada em Paris em 1998 por Elisabeth Djian e adquirida pelo grupo Mazarine de Paul-Emmanuel Reiffers, continua a sua internacionalização e reforça o seu estatuto de mídia global na moda, arte e cultura.
A edição americana é dirigida por Philip Utz (editor-chefe) e Alexander Fisher (diretor de moda), que trabalharão a um ritmo semestral, e é apresentada como um laboratório editorial com reportagens de moda, entrevistas nas quais os interlocutores se expressam longamente e colaborações com grandes nomes da cena artística contemporânea americana.
Nesta primeira edição, a atenção, como é habitual na Numéro, se centra nas séries de moda e na produção de várias capas exclusivas assinadas por Nick Knight, Inez & Vinoodh, Tina Barney e Vanessa Beecroft, bem como nas contribuições notáveis de Jeff Koons e Rashid Johnson.

A publicação aposta em traduzir a sua abordagem editorial, muitas vezes vanguardista tanto em termos estéticos como intelectuais, para seduzir o mercado americano. A ambição declarada é criar um diálogo entre “o rigor visual francês e o espírito livre americano” e, assim, trazer um olhar diferente sobre a indústria da moda e da cultura.
A publicação não está dando os primeiros passos, já que o grupo desenvolveu, através de acordos, edições em Tóquio (Japão), Berlim (Alemanha), Moscou (Rússia), Xangai (China), Bangkok (Tailândia), Amsterdã (Holanda), São Paulo (Brasil) e Zurique (Suíça). Essa experiência em se adaptar a públicos e culturas será necessária. A Numéro vem, de fato, enfrentando um dos mercados de imprensa de moda mais competitivos do planeta. Resta saber se a valorização do objeto ‘impresso’ de alta qualidade, tão cara a Paul-Emmanuel Reiffers, diretor da Mazarine, conseguirá seduzir o público nova-iorquino.
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Fonte: Fashion Network