O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou na última quinta-feira (03) o “gold card“, cartão que concederá vistos de residência e trabalho no país a cidadãos estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões por ele.
O presidente americano apresentou o protótipo do novo visto. O cartão é dourado e traz uma imagem de Trump em primeiro plano junto a uma águia, ave símbolo dos EUA, com a Estátua da Liberdade ao Fundo. No protótipo, consta ainda o seu nome não-oficial: “The Trump Card”, adornado por um arco de estrelas, além da assinatura do presidente e do numeral cinco milhões, que é o preço para obtê-lo.
De acordo com Trump, o cartão visa atrair possíveis geradores de emprego, de forma a reduzir o déficit do país, que, em 2024, foi de US$ 1,8 trilhões, um aumento de US$ 100 bilhões em comparação ao registrado de 2023.
O presidente americano também afirmou que o novo visto também funcionará como uma versão mais “cara” do tradicional Green Card, pois, além de garantir os mesmos direitos de residência e trabalho nos EUA por tempo indeterminado, também será um meio para obtenção da cidadania americana. A meta de Trump é que este novo cartão chegue à marca de um milhão de vistos emitidos.
Em fevereiro, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou no podcast “All In” que os interessados pelo “cartão Trump” precisarão apresentar uma solicitação ao governo, o qual fará uma avaliação.
No caso de aprovação, os solicitantes receberão o visto ainda em seu país de origem. Segundo Lutnick, haverá uma plataforma do programa “gold card” para fazer o pedido, e será produzido pela equipe do bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de ‘Eficiência Governamental’ (DOGE).
O secretário também afirmou que o novo plano de visto substituirá o programa americano EB-95 que, segundo o Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), concede residência permanente a investidores que realizarem empreendimentos ou criem ao menos dez empregos permanentes em tempo integral para os americanos.
Na ocasião, Lutnick justificou a mudança pois acredita que o visto EB-95 é repleto de “coisas que não faziam sentido, faz de contas e fraudes”, e dão os mesmos benefícios do Green Card a um custo baixo.
*Estagiário sob supervisão de Diogo Max
Fonte: Valor