o que ninguém contou sobre a cirurgia » STEAL THE LOOK

“Achava que era só meu corpo”: foi assim que a Lauren Pfeiff começou a nos contar sua história. Diagnosticada com lipedema, ela passou por um processo longo até chegar à cirurgia — e dividiu com a gente todos os detalhes que ninguém costuma contar. Conversamos com ela e com o Dr. Fábio, médico responsável pelo procedimento, para entender os sintomas, as opções de tratamento, os desafios do pós-operatório e, claro, como a cirurgia impactou sua vida de verdade.

Paciente deitada em leito hospitalar, sorrindo. Ambiente médico com equipamento ao fundo.

Foto: @laurenpfeiff (Reprodução/Instagram)

como a Lauren descobriu que tinha lipedema

“Foi uma amiga que me alertou. Ela recebeu o diagnóstico e achou que eu tinha sintomas parecidos. Quando fui pesquisar, me identifiquei na hora. O que eu achava que era só meu corpo: bumbum, coxas grandes e desproporção, era, na verdade, uma condição.”

Ao longo do tempo, Lauren notou uma série de sintomas que começaram a impactar diretamente sua qualidade de vida. “Em cima sou P, embaixo G ou GG. Isso afetava meu emocional e autoestima”, contou.

sintomas mais comuns do lipedema:

● Dor e inchaço nas pernas
● Retenção de líquido
● Roxos frequentes
● Caroços na pele e sensibilidade
● Dificuldade para encontrar roupas que servem bem (principalmente na parte inferior
do corpo)

o caminho até a cirurgia: por que ela decidiu operar

Lauren testou diversas abordagens até entender que o procedimento cirúrgico era o próximo passo. “De jeito nenhum fui direto pra cirurgia. Passei mais de um ano tentando o tratamento conservador: alimentação, treino, terapia, acompanhamento com nutricionista e gineco. Só decidi operar depois de perceber que, mesmo saudável, meu corpo não respondia como o esperado. Fiz tudo com consciência.”

 

pré e pós-operatório: como foi a experiência real

“O pré foi super tranquilo, porque já fazia parte da minha rotina saudável. O pós foi ainda
mais surpreendente: sem dor, sem complicações, só alguns cuidados com curativos e
drenagens. Contratei uma equipe que me ajuda com tudo em casa e estou tirando de letra.”

no pós-operatório, ela destacou:

● Pequenos buraquinhos liberam líquido nos primeiros dias (o que costuma assustar)
● Uso de tecnologias para prevenir flacidez: Renuvium e Morpheus
● Curativos, drenagens e acompanhamento diário com profissionais

as dúvidas mais frequentes (que ela recebe todos os dias!)

“Recebo muitas perguntas nas redes! As principais são sobre custo e se a cirurgia é
realmente necessária.”

Quanto custa a cirurgia?

L.P: “Varia bastante, mas começa por volta de R$ 45 mil.”

A cirurgia é obrigatória?

L.P: “Não. Só é indicada quando os sintomas impactam a saúde e não
melhoram com outras abordagens.”

O lipedema volta depois da cirurgia?

L.P: “Não volta. A cirurgia é funcional, não estética.”

Tem dieta ou treino específico?

L.P: “Ajuda muito, mas não resolve sozinho.”

Duas pessoas sorrindo em um consultório, dando destaque ao tratamento de condições médicas como lipedema.

Foto: @laurenpfeiff (Reprodução/Instagram)

o que diz o especialista: conversamos com o Dr. Fábio

Convidamos o Dr. Fábio Kamamoto, médico responsável pela cirurgia da Lauren, para explicar os aspectos técnicos do lipedema e da cirurgia:

O que é lipedema?

F.K: “É uma condição genética que causa acúmulo anormal de gordura em regiões como pernas, coxas e braços. É influenciada por hormônios e costuma aparecer na adolescência. Piora com anticoncepcional, gravidez ou menopausa.”

Como é feito o diagnóstico?

F.K: “É clínico, baseado em sintomas como dor, inchaço, roxos e desproporção corporal. Exames podem complementar.”

Quando a cirurgia é indicada?

F.K: “Nos casos mais avançados, ou quando o corpo não responde aos cuidados conservadores.”

Como funciona a cirurgia?

F.K: “É uma lipoaspiração específica, que retira as células doentes sem afetar o sistema linfático. Tem objetivo funcional e melhora qualidade de vida.”

Quais os principais benefícios?

F.K: “Redução da dor, melhora na mobilidade, autoestima e qualidade de vida. A cirurgia também impede a progressão da doença.”

E os riscos?

F.K: “Como qualquer cirurgia: trombose, infecção ou acúmulo de líquido. Por isso, o pré e o pós são essenciais.”

Lipedema é confundido com obesidade?

F.K: “Muito. Isso atrasa o diagnóstico. Lipedema não melhora só com dieta e exercício.”

FAQ: perguntas rápidas sobre lipedema e cirurgia

O lipedema volta depois da cirurgia?

F.K: “Não. A cirurgia remove as células afetadas e impede a progressão.”

Quanto custa, em média, uma cirurgia de lipedema?

F.K: “Os valores começam em R$ 45 mil, mas podem variar conforme equipe e tecnologias usadas.”

A cirurgia é estética?

F.K: “Não. É funcional e indicada para melhorar sintomas físicos e qualidade de vida.”

Existe prevenção?

F.K: “Como é genético, não há prevenção. Mas diagnóstico precoce ajuda no controle.”

O lipedema é uma condição que ainda é pouco falada, mas que impacta a vida — e o corpo — de muitas mulheres. Dor, inchaço, roxos pelo corpo, acúmulo de gordura desproporcional e frustração ao se olhar no espelho fazem parte da rotina de quem convive com a doença. A história da Lauren ajuda a desmistificar a doença, mostrar que nem tudo é estética e que, sim, existem caminhos reais de melhora. Se você se identifica com os sintomas ou conhece alguém que pode estar passando por isso, vale levar o assunto a sério. Informação, diagnóstico e cuidado são os primeiros passos — e aqui a gente tá sempre de olho pra trazer conversas que importam.

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Fonte: Steal the Look

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