Animal print, poá, chevron, e claro, a estampa icônica da Pucci. O verão europeu de 2025 vem produzindo looks vibrantes, com mix de estampas e dose extra de feminilidade. E essas tendências têm uma coisa em comum: sua procedência. Todo mundo ouviu falar do Pucci Girl Summer rolando no hemisfério norte, mas a verdade é que muito mais do clássico maximalismo italiano vem ganhando espaço nessa temporada. Quando o calor impera, a vibe é mais La Dolce Vita e menos minimalismo e suas vertentes.
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Fartura é um dos pilares do lifestyle italiano: o sol mediterrâneo, a mesa cheia, a família reunida. A cultura do país se traduz em cores e padronagens inspiradas na gastronomia e na decoração, refletida em marcas icônicas que carregam essa estética. Um clima perfeito para expressar criatividade.
Não tem aquele cool colorido e oversized das escandinavas, o artesanal irreverente das portuguesas, nem a simplicidade nonchalant das francesas. Apesar de também abusar das cores e misturar estampas variadas, na versão italiana ela vem com mais sex appeal e atitude.
Aqui não estamos falando da Itália intelectual e excêntrica de Prada, da ironia artística da Marni, dos logos da Gucci nem da alfaiataria impecável da Armani. O que pauta o verão 2025 é outro DNA italiano: é um recorte específico, centrado no maximalismo luxuoso da alta moda surgida entre os anos 40 e 70, quando nomes como Pucci, Missoni e Valentino foram alçados ao sucesso.
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Somada ao sexy selvagem da Cavalli que vem vivendo um revival no mercado vintage e acendendo interesse pelo lado mais exagerado da moda italiana, com outros exemplos do fim dos anos 80 como Dolce & Gabbana e Versace tocando as bordas desse imaginário. Parte do apelo vem justamente dessa ousadia atemporal, a autenticidade é emblemática.
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símbolos do maximalismo italiano
A Pucci não é a única com estampa icônica, a Missoni também tem a sua característica, um chevron, espécie de desenho zigue-zague, em cartela de tons variados. Vale dizer que o toque gráfico e vibrante também dialoga com o design italiano dos anos 80, como o Memphis Milano.
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E nesse quesito, os conjuntinhos estampados são favoritos, muitas vezes referenciando o fundo do mar.
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Listras com combinações inusitadas que remetem aos guarda-sóis típicos das praias italianas.
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O animal print não pode faltar e a oncinha ainda corre na frente.
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O poá, atual queridinho, é recorrente nas criações italianas há décadas.
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Filmes de Fellini, e musas italianas com seu característico va va voom, como Sophia Loren e Monica Bellucci, também informam o clima, que valoriza as curvas e enaltece as formas femininas. Trazendo aquele glamour que transforma o cotidiano em espetáculo.
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Toques dramáticos como lenços e saias esvoaçantes.
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Chamar atenção é bem-vindo e, na prática, detalhes com brilhos são uma das maneiras preferidas de aderir.
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A paleta bebe da própria gastronomia italiana: o amarelo do limão siciliano, o laranja do Aperol Spritz, o azul e branco das cerâmicas de Vietri, o vermelho maduro do tomate siciliano.
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A paisagem também é inspiração, com a flora local se tornando protagonista.
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A calça Capri, cujo nome é inspirado na ilha, é outra peça que tem tudo a ver com o mood. O look usado por Bella Hadid, apesar de contar com Vichy vermelho e sapatilha que em tese remetem à estética francesa, na leitura atual, ganham uma vibração claramente italiana.
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Os lenços na cabeça são quase obrigatórios.
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Inspiração em lingerie, com slip dresses com detalhe de renda.
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Transparências e acessórios dourados que remetem ao boho luxuoso do período 70s da Valentino.
O movimento é mais um aceno ao desejo por escapismo que vem permeando as tendências dos últimos anos. O espírito dolce far niente italiano é irresistível, uma ode à abundância em todos os sentidos. A profusão de cores, criatividade e sensualidade é um convite ao hedonismo, lembrando sempre de aproveitar a vida — e a moda — sem moderação.
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Fonte: Steal the Look
