Paraná é o estado da região Sul com mais mortes de crianças por afogamento

O Paraná é o estado da região Sul do Brasil que mais registra a morte de crianças por afogamento. É o que revelam dados do Ministério da Saúde, extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os quais apontam que nos últimos cinco anos com dados disponíveis um total de 166 jovens com idades entre 0 e 14 anos faleceram no estado em decorrência de afogamentos e submersões acidentais. Isso representa uma média de 33 óbitos por ano, com quase três ocorrências por mês.

No Brasil, entre 2019 e 2023, um total de 4.198 crianças e adolescentes com até 14 anos de idade faleceram em casos de afogamento. Os estados de São Paulo (467 mortes), do Pará (391), da Bahia (353), de Minas Gerais (302), do Maranhão (255), do Rio de Janeiro (245), do Amazonas (238), de Goiás (190) e de Pernambuco (178) são aqueles com mais registros.

O Paraná, por sua vez, fica em 10º lugar no ranking nacional, com 166 registros no período analisado. Com isso, é o estado da região Sul com mais ocorrências, a frente do Rio Grande do Sul (144) e de Santa Catarina (101). A boa notícia, por outro lado, é que no último ano (2023) houve 24 registros, número 36,8% inferior aos 38 registros de 2022.

Ação heroica salva vida de criança que se afogou em piscina

Na última terça-feira (18), um episódio emocionante envolvendo o afogamento de uma criança foi registrado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Já no final da tarde daquele dia, um casal chegou desesperado na sede do 9º Batalhão de Bombeiros Militares, carregando a filha pequena, de apenas um ano e quatro meses de idade, no colo. Ela havia se afogado na piscina de sua casa e ficou submersa por cerca de seis minutos.

Os esforços para salvar a criança, que acabaram sendo flagrados por câmeras de monitoramento instaladas no quartel, envolveram a participação de pelo menos 20 profissionais, entre bombeiros, equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e até policiais militares, que fizeram a escolta da família até os bombeiros e, mais tarde, até o hospital.

“Foram 30 a 40 minutos somente de manobra. Tanto de massagem, de reanimação, como também manobras invasivas, com a presença da equipe médica. Quando ela apresentou um quadro que nos permitiu o transporte dessa vítima, quando a pulsação foi perceptível tanto na palpação como no monitoramento cardíaco, nós a transportamos para o Hospital Municipal”, explicou o tenente Rogério Oliveira.

No final, todo o trabalho coletivo foi recompensado. Ontem, os bombeiros receberam uma boa notícia do pai da criança. Ela está no Hospital Costa Cavalcanti ainda em estado grave, mas estável. “Ele nos passou que ela está respirando quase que sozinha, coração batendo sozinho, apenas secreção no pulmão. Irão tirar a sedação dela em 48 horas, procedimento padrão do hospital. Então, ela está no processo de melhora”, afirmou o tenente.

Dicas de prevenção

De acordo com ONG Criança Segura, os casos de afogamento com crianças normalmente ocorrem de maneira rápida e silenciosa e em apenas dois minutos submersa a criança já perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer. “Por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água”, aponta a organização.

Por isso, é fundamental que crianças menores estejam sempre sob supervisão, comentou em entrevista ao Bem Paraná a doutora Simone Borges da Silveira, do Pequeno Príncipe. “As vezes a família está conversando, não percebe e a criança cai na piscina. É o mais comum. Criança perto de não dá para descuidar, tem de olhar o tempo inteiro, ter piscinas cercadas, com portão, evitando acesso fácil. E outra coisa são os nenês que podem se afogar nas banheiras, balde de água, vão mexer e podem cair.”

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Fonte:Bem Paraná

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