A Polícia Federal cumpre 26 mandados de busca e apreensão, nesta terça (11), contra um grupo suspeito de fraudar licitações na área de terceirização. De acordo com as primeiras informações da Operação Dissimulo, até mesmo a própria corporação é alvo da ação.
Os mandados são cumpridos em endereços ligados à R7 Facilities, responsável pela manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), no Distrito Federal. A operação conta, ainda, com a Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.
O grupo suspeito, diz a PF, possui “dezenas de contratos vigentes com a administração pública”. A corporação afirma que está adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos à continuidade dos serviços prestados – que não foram informados quais foram alvos de fraude.
“As investigações, que tiveram início em abril de 2024, indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações. Os investigados teriam utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”, disse a PF.
De acordo com a corporação, também foi identificado que o grupo utilizava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros proprietários.
Pouco depois se descobriu que eles conseguiram abrir um buraco no espaço da luminária das celas em que estavam presos. Eles subiram no telhado, cortaram a tela de alambrado e correram para uma mata. Pouco depois, foi anunciada a construção de um muro para reforçar a segurança.
Foram mais de 50 dias de buscas até serem recapturados na cidade paraense de Marabá. “Estavam num comboio do crime”, disse o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública.
Fonte: Gazeta do Povo