O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que o plano de Trump para realocar a população palestina de Gaza equivaleria a uma “limpeza étnica”, e que se colocado em prática corre o risco de “tornar impossível um Estado palestino para sempre”.
Além de defender a ocupação americana na Faixa de Gaza, Trump também propõe que toda a população da região se realoque para os vizinhos Egito e Jordânia, proposta que já foi recusada pelos países árabes.
A ideia de Trump também foi criticada pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU (UNHR), que afirmou que a transferência forçada ou deportação de pessoas de um território ocupado viola o direito internacional.
“É crucial avançarmos para a próxima fase do cessar-fogo, liberar todos os reféns e prisioneiros detidos arbitrariamente, encerrar a guerra e reconstruir Gaza, com total respeito ao direito humanitário internacional e aos direitos humanos internacionais”, afirmou o UNHR em comunicado à agência “Reuters”. “Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de um território ocupado é estritamente proibida”.
Após reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump disse ontem que os EUA “assumirão o controle da Faixa de Gaza” e serão os donos da região.
O americano voltou a dizer que os palestinos deveriam ser deslocados “permanentemente” do território devastado pela guerra. “Não acho que as pessoas devam voltar [para a Faixa de Gaza]”, disse Trump no Salão Oval, ao lado de Netanyahu.
“Os EUA assumirão o controle da Faixa de Gaza, e nós faremos um bom trabalho com ela. Seremos donos e seremos responsáveis pelo desmantelamento de todas as bombas perigosas não detonadas e outras armas no local”, afirmou Trump.
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Fonte: Valor