PT libera reeleição e retoma voto direto para presidente do partido

O PT retomou nesta segunda-feira (17) o voto direto para a eleição do presidente da sigla que ocorrerá no dia 6 de julho. Com isso, todos os filiados poderão opinar na escolha dos dirigentes municipais, estaduais e nacional.

A mudança foi defendida pela ala Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária que conta com o presidente Lula e com a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR). A eleição direta foi retomada por 61 votos a 24 em uma reunião tensa, pois outras correntes defendiam a escolha por congresso, segundo apuração da Folha de S. Paulo.

O candidato de Lula para substituir Gleisi, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, se posicionou a favor do voto direto. Apesar de ter o apoio do presidente, Edinho enfrenta resistência dentro da CNB. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também é cotado para disputar o comando da legenda.

“Por meio do PED [Processo de Eleição Direta], 2,6 milhões de filiados definirão, por voto direto, o sucessor ou sucessora da atual presidenta nacional Gleisi Hoffmann, além dos membros das direções municipal, estadual e nacional do partido em todo o país”, disse a sigla, em nota.

Reeleição de dirigentes do PT

A legenda também aprovou a reeleição de parlamentares e dirigentes que já tenham exercido três mandatos consecutivos na mesma Casa Legislativa ou no mesmo cargo na cúpula do PT. A regra vetava o terceiro mandato seguido, pois os mandatos de senadores são de 8 anos.

A alteração valerá para 2026 e, na prática, pode dificultar a renovação do partido. Os petistas contrários à reeleição sem limites ameaçaram levar o caso à Justiça, argumentando que não havia quórum qualificado para aprovar a alteração.

O estatuto do partido determina que mudanças nas regras dependem da aprovação de dois terços do Diretório Nacional (62 votos). Contudo, a alteração foi aprovada por 60 votos favoráveis, 27 contrários e 5 abstenções.

Fonte: Gazeta do Povo

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