Isso porque a pele “lá embaixo” é altamente sensível, bem como a mucosa da área vulvar e vaginal. “Com o uso de perfume, a região íntima pode sofrer com irritação e ressecamento. Além disso, pode ocorrer uma alteração no microbioma vaginal, que é para a saúde reprodutiva, fertilidade, qualidade de vida e defesa contra potenciais patógenos”, explica o ginecologista e obstetra Nélio Veiga Junior, Mestre e Doutor em Tocoginecologia pela UNICAMP.
Ou seja, os perfumes vaginais podem causar ressecamento, reações alérgicas, inflamações, obstruir poros e aumentar o risco de infecção, completa o médico. Por isso, nada de desodorantes ou perfumes que não sejam específicos para as áreas sensíveis e mucosas.
“Na realidade, qualquer produto que tenha a capacidade química de alterar a mucosa ou o pH da vagina pode causar mais danos do que benefícios. Em particular, lubrificantes, desodorantes em spray e pós vaginais podem aumentar a suscetibilidade das mulheres a infecções do trato urinário, vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis”, alerta o médico.
O que pode levar ao odor vaginal e desconforto, de acordo com o médico, é a falta de higiene, já que, mesmo na ausência de infecção vaginal, as glândulas continuam a produzir suor e gordura, podendo promover a proliferação de bactérias. Então, para evitar o mau odor, basta adotar cuidados básicos de higiene.
Fonte: Glamour