Quem é Amanda Nguyen, uma das integrantes da tripulação da Blue Origin


Primeira mulher vietnamita a ir pro espaço e ativista dos direitos humanos, conheça a trajetória da astronauta Na manhã desta segunda-feira (14.04), a empresa Blue Origin lançou a nave New Shepard, para uma viagem de turismo espacial com 6 mulheres a bordo — e uma delas era nada mais, nada menos que Katy Perry.
Entre elas, estavam a jornalista Lauren Sánchez, noiuva de Jeff Bezos, dono da Blue Origin e da Amazon. No entanto, uma mulher com uma história digna de ser famosa e conhecida também embarcou nessa aventura: a ativista e astronauta Amanda Nguyen.
Amanda sonhava com as estrelas desde muito pequena, e em entrevista a BBC News, ela revelou que seu sonho sempre foi ser astronauta. A família de sua mãe era formada por refugiados do Vietnã, e usavam as estrelas para navegar em direção a praias seguras.
Quem é Amanda Nguyen, uma das integrantes da tripulação da Blue Origin
Blue Origin/Mega
Hoje, Amanda não só marcou a sua história como a de sua família, se tornando em março do ano passado, a primeira mulher vietnamita a voar para o espaço. Sua participação sendo a primeira astronauta mulher do Sudeste Asiático marcou a ciência como uma ferramenta de promoção de paz — especialmente na reconciliação entre Vietnã e Estados Unidos, segundo a Blue Origin.
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Passando por cima dos traumas
Não é apenas no espaço que Amanda faz história, mas pisando em terra firme ela concentra sua luta a favor das vítimas de assédio, a astronauta contou que quase não conseguiu realizar seu sonho, ao ter sofrido abuso sexual em 2013, enquanto estudava em Harvard, e transformou a dor da frustração de seu caso investindo tempo e atenção pela justiça.
Em novembro de 2014, ela fundou a startup de direitos civis “Rise”, que defende os direitos civis de sobreviventes de abuso sexual e estupro e, mais tarde, escreveu a “Declaração de Direitos dos Sobreviventes de Abuso Sexual”, uma nova lei que estabelecia critérios para garantir que as vítimas fossem protegidas duante todo o processo de denúncia. Em outubro de 2016, três anos depois de Amanda ter sofrido o abuso, o presente Obama sancionou a lei federal.
Em 2019, Nguyen foi indicada ao prêmio Nobel da paz e, em 2022, foi uma das mulheres do ano da revista Time. “Escrevemos essa carta de direitos não apenas para ajudar os sobreviventes, mas também para ajudar policiais, promotores e sistema judiciário a fazerem melhor seus trabalhos e, como resultado, buscar a justiça”, disse Nguyen, em entrevista ao “HuffPost”.
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Fonte: Glamour

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