Rachel Reis sobre novo álbum: "quem ouvir vai sentir um passeio por emoções"


Três anos depois de “Meu Esquema”, cantora lança seu segundo álbum de estúdio – e, em papo com a Glamour, divide os bastidores do novo projeto que estreia hoje (15) nas plataformas digitais “Não há ninguém que eu queira ser além de mim”, canta Rachel Reis em “Casca”, a primeira faixa de seu novo disco de estúdio, que chega hoje (15) em todas as plataformas digitais. A frase que abre o novo projeto – o segundo depois de Meu Esquema, lançado em setembro de 2022 – não é por acaso: ela comunica, com o timbre marcante da artista, do que se trata seu novo momento. “Nos últimos tempos, fiz um panorama da minha vida e coloquei em perspectiva tudo o que aconteceu até eu chegar até aqui. Até virar a ‘Sereiona’— seja na minha vida pessoal ou profissional”, conta, confirmando que o resultado da reflexão, que virou música, é o orgulho de quem se tornou e de onde está. “Tô exatamente onde eu devo caminhar”, dizem os versos que se seguem na música que abre o álbum.
Com 15 faixas no total, incluindo participações de artistas como BaianaSystem, Psirico, Don L, Rincon Sapiência e Nêssa, o álbum Divina Casca é um misto de sensações, como ela define. Tanto nas letras, onde consegue ser doce e ácido ao mesmo tempo, quanto na sonoridade, que tem desde sua conhecida brasilidade pop ao pagodão baiano, reggae e outras vertentes da música brasileira. “Quem ouvir vai sentir um passeio por emoções”, resume a artista.
Em entrevista exclusiva à Glamour, Rachel Reis fala sobre o processo criativo do novo disco, entrega referências, inspirações e reflete sobre a maturidade na vida pessoal e em sua arte. Mas, apesar das mudanças, reforça o que sua música já entrega: faz questão de não perder o brilho nos olhos. A seguir, confira o papo na íntegra:
Rachel Reis
Érico Toscano
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1 – Você afirmou que seu novo álbum, Divina Casca, “é para sentir na pele”. Fale um pouco sobre essa afirmação:
É um álbum pra sentir na pele, porque ele tem camadas. Divina Casca é doce, mas também é ácido. É cômico, é direto… quem ouvir vai sentir um passeio por emoções.
2 – Por que a reconstrução é um dos temas centrais desse novo projeto? O que diria que tem a ver com seu momento pessoal?
É um tema central, porque, nos últimos tempos, fiz um panorama da minha vida e coloquei em perspectiva tudo o que aconteceu até eu chegar até aqui. Até virar a “Sereiona” — seja na minha vida pessoal ou profissional.
3 – O novo disco tem participações de artistas como Psirico, BaianaSystem, Nêssa, Don L e Rincon Sapiência… Como você chegou à escolha desses nomes? E como definiu qual faixa seria de cada um?
Sou fã de Baiana. Adoro a sonoridade deles, a forma como conduzem o show no carnaval… Acho mágico. Fora essa ligação entre eu e Russo, de termos nascido em Feira de Santana; tem um perfume, uma sintonia. Tinha que ter uma faixa com eles. Márcio Victor é um gênio da música, um dos maiores percussionistas do mundo, e eu tive a alegria de vê-lo colocar a percussão na nossa faixa. Sou fã! Eu não queria um pagodão soft no álbum — eu queria um pagodão original, feito pelos originais, e trazendo a mensagem da letra, que diz muito, de forma cômica mas ácida, sobre como a música feita na Bahia, muitas vezes, é vangloriada, sugada e depois estigmatizada. Tudo isso num refrão seguido de um TOMA TOMA, que é pra pegar mesmo. Rincon e Don L chegaram porque têm uma canetada incrível e ligeira — tudo o que Tabuleiro precisava para se completar. Nêssa, porque é uma popstar, e eu queria muito tê-la comigo trazendo esse glam que só ela tem pra faixa. O reggae ficou uma delícia com os vocais dela, o jeito como ela imprimiu a voz.
4 – Além da temática, sonoramente e nas referências, o que mais diferencia esse segundo álbum do primeiro?
São quase três anos depois do Meu Esquema e muita água rolou. Adquiri um pouco mais de maturidade nesse percurso, em todos os sentidos da minha vida. Me percebi virando mulher feita, ganhando mais domínio sobre mim e sobre a minha arte. Isso tudo influencia no novo disco.
5 – O que mudou em você como artista ao longo desses anos? E o que você faz questão de manter constante, apesar do amadurecimento?
O que eu fiz — e faço questão de manter — é o meu brilho nos olhos sobre as coisas, mesmo com uma visão um pouco menos ilusória e com os pés no chão.
6 – Quais são suas atuais referências musicais? E no seu processo de composição, busca inspiração em outros meios além da música? Quais?
Continuo ouvindo um pouco de tudo, buscando inspiração em muita coisa, como sempre fiz: um filme, a minha vida, a vida dos outros… [risos]. Durante o meu processo de composição, inclusive, faço o exercício de não escutar coisas novas para que minha música não sofra influência externa.
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Fonte: Glamour

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