Receita da Ferragamo no primeiro trimestre cai 2,6% devido ao fraco desempenho da Ásia-Pacífico

A marca de luxo italiana Ferragamo anunciou que registrou € 221 milhões em receita no primeiro trimestre de 2025, refletindo um declínio de 1% à taxa de câmbio constante e 2,6% à taxa de câmbio atual, em comparação com € 227 milhões no primeiro trimestre de 2024.

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As vendas líquidas consolidadas (DTC) atingiram € 164 milhões, queda de 4,5% à taxa de câmbio constante e 3,6% à taxa de câmbio corrente, em comparação com € 170 milhões no mesmo período do ano anterior. Enquanto Europa, Japão e América Latina apresentaram resultados sólidos, o desempenho na região Ásia-Pacífico enfraqueceu, impactando os números gerais de vendas diretas ao consumidor.

O canal atacadista, no entanto, demonstrou resiliência. As vendas líquidas consolidadas de vendas no atacado subiram para € 54 milhões, representando um aumento de 10,3% à taxa de câmbio constante e de 7,9% à taxa de câmbio corrente, ante € 50 milhões no primeiro trimestre de 2024. Todas as regiões contribuíram positivamente para esse crescimento.

“Nos primeiros meses do ano nos concentramos em nosso principal negócio de artigos de couro, reforçando ainda mais a categoria de bolsas. Expandimos nossa oferta de modelos de transporte, como a Hug Bag, e lançamos novos best-sellers, como a Soft Bag. Essa estratégia levou a um forte desempenho na categoria de artigos de couro durante o trimestre.”, declarou a empresa.

Ferragamo também enfatizou o refinamento dos produtos em outras categorias. “Estamos otimizando nossa linha de calçados femininos, concentrando-nos em modelos funcionais, como sapatilhas e scarpins. Estamos nos baseando em best-sellers e, ao mesmo tempo, lançando novos modelos”, acrescentou a marca. “Para calçados masculinos, buscamos oferecer uma ampla gama — de modelos esportivos híbridos a clássicos formais — alavancando nossos modelos mais icônicos. Continuamos a aprimorar nossa oferta de produtos em todas as faixas de preço e funções para aprofundar o engajamento do cliente. Isso inclui marketing multicanal ágil, eventos em loja e conteúdo digital atrativo.”

A empresa reconheceu os ventos contrários econômicos mais amplos que afetaram seus resultados do primeiro trimestre. “Um ambiente macroeconômico desafiador enfraqueceu a confiança do consumidor e reduziu o fluxo de clientes nas lojas. Embora taxas de conversão mais altas e o aumento no valor médio das transações tenham proporcionado algum alívio, não conseguiram compensar totalmente o impacto. Nosso canal DTC teve um bom desempenho na Europa, Japão e América Latina, mas declinou na Ásia-Pacífico. O atacado, no entanto, apresentou resultados sólidos em todos os mercados.”

Ferragamo concluiu com um tom de otimismo cauteloso: “Conscientes do ambiente cada vez mais incerto, continuamos comprometidos em aprimorar nossa oferta de produtos para atender às expectativas dos clientes e fortalecer nossa posição no mercado. Contaremos com o forte DNA da nossa marca e nossa criatividade, mantendo a flexibilidade e a disciplina operacional.”