Salvatore Ferragamo não vê solução rápida após queda dos lucros

A marca italiana de luxo, Salvatore Ferragamo, anunciou na quinta-feira, 6 de março, que o seu lucro operacional ajustado caiu para mais de metade no ano passado. A empresa está atualmente em busca de um substituto para o presidente executivo Marco Gobbetti, que está de saída.

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A empresa atribuiu a queda à um abrandamento nos mercados asiáticos, com um ambiente particularmente difícil na China, e um ambiente global de vendas de atacado desafiador.

“Considerando as incertezas relativas à demanda dos consumidores de luxo, nos mantemos cautelosos em relação às expectativas a curto prazo”, afirmou, indicando que não haverá uma reviravolta imediata.

Assim como anunciado no mês passado, a empresa informou que o seu diretor executivo, Gobbetti, se demitiu na quinta-feira, após pouco mais de três anos no cargo, período durante o qual o antigo diretor da Burberry não conseguiu travar a queda das vendas da marca florentina.

O presidente Leonardo Ferragamo disse aos analistas financeiros que o designer Maximilian Davis tem todo o seu apoio. Davis foi contratado como diretor criativo em 2022, pouco depois de Gobbetti ter assumido o comando da empresa. O presidente também disse que a família do falecido fundador Salvatore Ferragamo continua comprometida com a empresa.

O lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) caiu para 35 milhões de euros, acima do consenso dos analistas do LSEG, depois de a empresa ter avisado no ano passado que esperava um EBIT de cerca de 30 milhões de euros. O valor comparável em 2023 foi de 79 milhões de euros.

O grupo registrou um prejuízo líquido de 68 milhões de euros em 2024, em comparação com um lucro de 26 milhões de euros no ano anterior.

A receita da Ferragamo diminuiu 4% em moeda constante no quarto trimestre. Em janeiro, o grupo assinalou “resultados encorajadores” das suas vendas diretas ao consumidor, que se mantiveram globalmente estáveis nos últimos três meses do ano.