Sob Biden, EUA deportaram 36 brasileiros por semana; veja lista dos países mais afetados | Brasil

Os números vão de fevereiro de 2021 (Biden tomou posse em 20 de janeiro daquele ano) a setembro de 2024 (dado mais recente disponível pelo governo americano.

Nesse período, o Brasil foi o décimo país com mais deportações. O primeiro lugar foi do México (191,4 mil), seguido por Guatemala (96,3 mil) e Honduras (77,3 mil).

O primeiro país não latino-americano a aparecer nas deportações é a Índia, em 12º lugar, com retirada de 2.265 pessoas dos Estados Unidos.

Os dados do governo americano mostram também que os EUA aceleraram as deportações de imigrantes no ano passado, inclusive de brasileiros. No geral, 202,8 mil pessoas foram retiradas do país pelo governo americano de janeiro a setembro do ano passado, 85,5 mil a mais que no mesmo período do ano passado, um aumento de 73%. No caso dos brasileiros, a alta foi menor, de 35%, para 1.538.

Dos brasileiros expulsos sob Biden, 10% tinha condenações criminais, 8% eram acusados de crimes, mas não haviam sido julgados, e os demais se encaixavam na categoria “outro violador da imigração”, que, segundo o governo americano, inclui pessoas cujas acusações criminais foram rejeitadas posteriormente.

Na sexta-feira, um avião americano com 158 pessoas, entre elas 88 imigrantes brasileiros, pousou em Manaus com deportados dos EUA, já sob o governo Donald Trump. Eles chegaram com algemas e correntes nos pés e nas mãos.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou nesse domingo (26) que os Estados Unidos violaram o acordo de repatriação com o Brasil. De acordo com a pasta, que irá encaminhar pedido de esclarecimento ao governo americano, os termos do acordo preveem o “tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”.

O voo com brasileiros algemados já aconteceu na gestão Biden e também no primeiro governo de Trump (2017-2021).