Pharrell Williams, Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e LeBron James, além de Anna Wintour, são os anfitriões do próximo Met Gala, que acontece no dia 5 de maio, em Nova York Estados Unidos. Batizado de ‘Superfine: Tailoring Black Style’ (Superfino: o estilo negro na alfaiataria, em tradução livre), a Vogue US divulgou detalhes sobre o dress code da edição: ‘Tailored for You’.
Focado na formação de identidades negras, com foco no surgimento, significado e crescimento do dândi negro, o tema do dress code é uma referência ao foco da exposição do Costume Institute do Met que, desta vez, será focada em moda masculina, e ficará em cartaz de 10 de maio a 26 de outubro de 2025, após o Met Gala.
É a primeira exposição do Costume Institute desde “Men in Skirts”, de 2003, a focar exclusivamente em moda masculina, bem como a primeira desde que Andrew Bolton se tornou curador responsável a envolver um curador convidado. Monica Miller, professora e presidente de Estudos Africanos no Barnard College, Universidade Columbia, examinará a figura do dândi negro desde suas primeiras aparições na arte do século XVIII até as representações modernas nas passarelas e no cinema. A mostra é inspirada em seu livro de 2009, “Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity”, no qual ela estabelece o dandismo negro como uma construção estética e política.
Intitulada de “Superfine: Tailoring Black Style” em tradução livre para o português, “Impecável: a confecção do estilo negro”, a mostra terá como base o livro de Monica L. Miller de 2009, “Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity” e retratará a construção da cultura negra por meio de vestimentas, fotografia e outras expressões artísticas. O público terá de 6 de maio a 26 de outubro de 2025 para conferir em Nova York o acervo.
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Uma figura em especial materializa essa viagem no tempo que a exposição prevê atravessa, passando pelo século XVIII rumo à contemporaneidade: o dândi negro, que, em meio à diáspora africana, assimila códigos da estética europeia de forma em um para questionar as ideias limitantes e opressoras impostas a ele. Em 1934, o termo foi cunhado por Zora Neale Hurston no ensaio “The Characteristics of Negro Expression”, racializando uma estética de elegância e primor adotada anteriormente por homens brancos.
Esse movimento começou quando os negros escravizados, que eram obrigados a usarem tecidos simples e resistente ao trabalho braçal, começaram a ser caracterizados de uma forma mais sóbria pelos donos das fazendas. A ideia era agregar valor àquela figura humana vista por eles como mercadoria. A ressignificação desse comando de ordem veio com autonomia desses homens pretos, que entenderam que códigos de vestimentas eram um instrumento político e crucial nesta retomada e busca por seus direitos. Enquanto líderes decretava o que eles podiam usar, a liberdade era caçada com resistência por cada um deles que saía de terno, acessórios e sapatos polidos por aí.
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Fonte: Glamour