Tapestry: aumento das vendas e do lucro no terceiro trimestre

Traduzido por

Helena OSORIO

Publicado em



12 de maio de 2025

A Tapestry está em alta, graças à redução da sua exposição aos direitos aduaneiros, que, por outro lado, estão perturbando os seus concorrentes europeus. O gigante americano, que detém as marcas Coach e Kate Spade e acaba de vender a marca de calçado Stuart Weitzman, viu todos os seus índices subirem no terceiro trimestre do seu exercício de 2025, que terminou em 29 de março. O seu volume de negócios foi de 1,58 bilhão de dólares (1,4 bilhão de euros), contra 1,48 bilhão de dólares um ano antes (+7% e +8% a taxas de câmbio constantes), superando as previsões dos analistas, que apontavam para 1,53 bilhão de dólares.

As bolsas Coach impulsionaram os resultados trimestrais da Tapestry
As bolsas Coach impulsionaram os resultados trimestrais da Tapestry – ©Launchmetrics/spotlight

O grupo se beneficiou sobretudo do bom desempenho da sua marca de referência, que registrou um aumento das vendas a preço inteiro das suas famosas bolsas, nomeadamente dos modelos Tabby, Brooklyn e Empire. As vendas da Coach aumentaram 13% durante o período (+15% a taxas de câmbio constantes) para 1,3 bilhão de dólares. Por outro lado, as vendas da Kate Spade e da Stuart Weitzman diminuíram, respectivamente 13% para 245 milhões de dólares para a primeira e 18% para 46,2 milhões de dólares para a marca de calçado.

As vendas aumentaram 9% na América do Norte, o principal mercado da Tapestry, que anunciou ter adquirido 1,2 milhões de novos clientes no seu mercado interno, mais de dois terços dos quais pertencem à Gen Z e aos Millennials. As suas vendas aumentaram 3% na Grande China, o seu segundo maior mercado, enquanto diminuíram 8% no Japão (+4% no conjunto da região Ásia-Pacífico). Na Europa, as vendas registraram um aumento de 35%.

A empresa sediada em Nova York viu o seu lucro líquido aumentar 45%, passando de 139 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2024 para 203 milhões de dólares um ano depois. A margem bruta também melhorou durante o período, subindo para 76,1%, com 1,21 bilhão de dólares, em comparação com 74,7% um ano antes.

“O nosso desempenho superior no terceiro trimestre reforça a nossa posição de força. Aceleramos o crescimento das nossas vendas e dos nossos lucros e aumentamos as nossas perspectivas para o ano fiscal, demonstrando o poder da marca e da nossa relação com os consumidores em todo o mundo“, declarou a CEO da Tapestry, Joanne Crevoiserat, em um comunicado, reafirmando a sua confiança “no nosso futuro e na oportunidade significativa de gerar crescimento sustentável e valor para os acionistas”.

Neste contexto, o grupo aumentou pela terceira vez este ano as suas previsões de vendas e de lucros para 2025. Entre outras coisas, espera um volume de negócios anual de cerca de 6,95 bilhão de dólares, em comparação com a sua previsão anterior de mais de 6,85 bilhão de dólares publicada em fevereiro.

Esta dimensão mais “local” e “redimensionada” parece ter favorecido a Tapestry, que no ano passado tentou transformar-se num gigante do luxo ao associar-se à Capri Holdings, proprietária da Michael Kors, Jimmy Choo e Versace (recentemente adquirida pela Prada). Depois de ter abandonado os seus planos de se transformar num gigante do luxo, a Tapestry vendeu, em fevereiro, a Stuart Weitzman ao especialista americano em calçado Caleres por 105 milhões de dólares. O negócio deve ser concluído nos próximos meses.
 

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Fonte: Fashion Network

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