Vivendo seu primeiro Dia das Mães, Tati revelou os anseios e mudanças com a chegada do primeiro filho “Eu gostaria de falar para a Tati do futuro, que ela pode descansar a cabeça. Você vai dar conta. Você tem pessoas que te cercam que te amam, mas acima de tudo, tem muito amor dentro de você. Não vai ser fácil, mas você vai dar conta. Do seu jeitinho, você sempre deu, vai dar conta de mais essa também”, esse é o recado que Tati Machado daria para ela mesma. A apresentadora está na reta final de sua primeira gravidez, ao 8 meses, e vive também a magia de seu primeiro Dia das Mães, com o pequeno Rael ainda no forninho.
“Sempre tive o sonho de ser mãe. Sempre, sempre. Não lembro da minha vida sem essa vontade. Já brinquei em dizer que me sentia pressionada pra ser mãe, mas não era pressão dos outros ou da família, era minha mesmo, eu já fui em médico, por exemplo, e tendo ovário policístico, já ouvi que era o ideal ter filho até os 30 anos, porque hormonalmente seria complicado. Comecei a me pressionar em alguns momentos pensando que deveria ser mãe pra poder aproveitar, pensei que teria muita dificuldade com a fertilidade e isso me dava um medinho, mas passava, eu conseguia ter o entendimento disso de que não era a hora, mas quando seria a hora?”, refletiu a apresentadora, ao falar sobre seu extinto maternal, em um papo leve com a Glamour Brasil.
Apesar do sonho de gerar, maternar, cuidar e educar de uma criança, Tati também revelou que a gravidez não foi planejada. Em 2019, a apresentadora enfrentou um aborto espontâneo no seu aniversário, mas chegada de Rael também trouxe clareza para o momento que ela e Bruno Monteiro vivem.
“Rael chegou em um momento que eu mais relaxei quanto a isso. Eu sabia que se eu tivesse que decidir agora, empurraria um pouco com a barriga, deixaria pra depois. Não me prevenia e botei na minha cabeça que quando for pra ser, vai ser. Eu queria algo melhor pra mim, e algo que me transformasse, nada mais justo do que um filho. O Rael era o que faltava, pedi pra Deus coisas boas pra mim e ele determinou que essa era uma coisa boa, tenho certeza absoluta, eu só abri os abraços e falei ‘só vem'”, disse Tati, emocionada.
A apresentadora também celebrou algo que gostaria de realizar desde que descobriu que seria mãe — trabalhar durante toda a gravidez, plano esse que se concretizou com maestria, já que ela segue trabalhando nos programas Encontro e Mais Você, aos 8 meses.
Tati Machado
Foto: BRUNO MONTEIRO @FOTOBM
“Em alguns momentos da minha vida, quando eu pensava na Tati grávida, pensava mais negativamente. “Será que vou ter que parar de trabalhar muito cedo porque vou sentir muitas coisas?”. Mas não, estou tendo uma gravidez muito saudável e não quero abrir mão do meu trabalho, é algo que eu amo verdadeiramente. Sei que vai chegar agora um ser humano que vai me dominar, e que eu vou amar e já amo incondicionalmente. Verdadeiramente tenho a sorte de trabalhar com o que eu gosto, eu acho que por isso me sinto muito abençoada de estar tendo uma gravidez muito tranquila, sem grandes percalços no caminho, que está me deixando trabalhar até o fim, mas é com muita consciência. Não vou jamais passar do ponto em relação ao trabalho, porque a minha gravidez é a coisa mais importante no momento”, esclareceu.
Gla: Em que momento caiu a ficha que você não só será uma mãe recém-nascida muito em breve, mas que você já mãe por estar gestando o Rael?
“A frase que eu mais falo, além de “Bruno, me dá uma ajudinha”, é uma bem carioca: “Caraca, eu vou ser mãe”. Todas pessoas que convivem comigo e comentam como minha barriga está crescendo, eu falo isso. Eu acho que cada vez que eu verbalizo a palavra “mãe”, a ficha cai um pouco. Agora estou na fase do “vai ter que sair”, ele está aqui protegido e daqui a pouco ele vai estar aqui, ai já é uma outra vida mesmo. Mas eu acho que esse momento, cada mexida, vou sentir muita saudade da sensação de mexer. As pessoas perguntam se ele já está batendo o pé na costela, porque eu estava indo pro trabalho e com certeza ele já estava com o pé na costela, não podia me mexer que sentia dor, mas é uma dor do amor, sabe? Cada dia está caindo a ficha, mas quando eu estiver com ele nos meus braços, voltar pra casa eu, ele e o Bruno, essa com certeza vai ser o maior dos marcos, a materialização desse sonho mesmo”.
Gla: Qual foi a vida de parto escolhida, e como você e o Bruno se prepararam para esse momento?
“Na minha primeira consulta com a minha obstetra, uma das primeiras perguntas que ela me fez foi sobre a via de parto, e eu disse que queria tentar o parto natural, e ela me disse que já tínhamos 50% resolvido. Algo que tenho conversado com ela e com o Bruno, é que estou me preparando para não me frustrar, tenho um medo danado de lidar com esse sentimento da frustração. Estou me preparando desde o comecinho e pensando que quero que esse bebê nasça saudável, seja da forma que for. Estou me preparando, fazendo fisioterapia pélvica, me preparando para fazer um parto normal, mas se virar uma cesariana está tudo certo, se for pra acontecer isso, é porque era pra acontecer também. Estou tentando relaxar, porque naquele momento que estivermos vivendo essa catarse que é o nascimento de um bebê, que estejamos preparados psicologicamente para qualquer coisa que venha acontecer, e que seja positiva, vai ser positiva”.
Gla: Nós falamos de mudanças com a chegada da gravidez, e qual foi a maior mudança que você viveu e sentiu?
“Eu acho que estou me sentindo mais forte, sabe? Sempre fui uma pessoa muito intensa nos sentimentos, sou muito leoazona como já diz o signo, mas encontrei uma força diferente em mim. É engraçado, talvez você me faça essa pergunta em uma próxima entrevista quando eu estiver com o Rael, e eu consiga te explicar que força é essa. É uma força diferente, coisas que você passa ficam muito pequena e você começa a dar valor para o que merece receber valor. Sinto uma força e que bom que estou sentindo ela, porque pra colocar um neném no mundo, precisa de muita e pra mim, essa foi a maior mudança. Todas as coisas que já tinham em mim, se afloraram de alguma maneira”.
Tati Machado
Foto: BRUNO MONTEIRO @FOTOBM
Gla: Quais seriam hoje os seus receios com a chegada da maternidade e o fim da gestação?
“No começo, foi me sentir capaz de conseguir gerar uma vida, e de estar saudável pra conseguir gerar um neném saudável,. O que começa a pegar muito é conseguir educar, de dar conta, de ser responsável por alguém. Imagine pra você, saber que é cheia de falhas, tentar ensinar pra uma criança o caminho certo? Essa responsabilidade de criar alguém é o que agora, neste momento, me dá um apavoro. Isso acaba me dando uma tranquilidade porque sei que posso dividir com a pessoa que está comigo. Que eu posso contar 100%, 200% que é meu marido, então vamos pra cima”
Gla: O que você tem feito, para você e por você no sentido do autocuidado?
“Eu, a princípio, sempre tiro um cochilinho! Várias amigas e vários memes aparecem dizendo “descanse enquanto dá tempo”, então estou aproveitando muito para descansar, tenho conseguido tirar esse tempo pra descanso, e ele tem sido valiosíssimo mesmo, muda tudo. Estou descansando tudo que dá, a qualquer momento eu tenho descansado, tenho feito muito por mim. Não estou abrindo mão de almoçar direitinho também”.
Gla: Como está sendo lidar com todas as mudanças no corpo que a gravidez traz?
“Sempre achei que logo que eu ficasse grávida, ia começar a me sentir mal, e foi tudo o contrário do que aconteceu. Eu acreditava que eu ia engordar muito, ter muitas mudanças, estou tendo essas mudanças, claro, mas estou tão feliz, tão feliz, porque sou a casa de alguém. Tem alguém morando dentro de mim, tem dois corações batendo no meu corpo nesse momento, isso é uma dádiva, é uma coisa sobrenatural, inexplicável. As mudanças do meu corpo são mudanças de vida, porque um bebe precisa crescer, então, se minha barriga cresce junto, é sinal de que tem um bebê crescendo dentro de mim, que já tem daqui a pouco o meu tamanho, é bonito”.
Tati Machado
Foto: BRUNO MONTEIRO @FOTOBM
“Sempre fui muito consciente, meu corpo está gerando uma vida, ele vai passar por mudanças e pode ficar com sequelas. Agora estou com mais celulites, ‘caguei’. Apareceram umas estrias, vou tacar no laser mais pra frente, vou tentar ajustar de alguma maneira, mas se não diminuir, é meu corpo, sinal de que algo aconteceu aqui. E se meu filho é a coisa mais importante pra mim, as cicatrizes que ficarem em mim, é sinal de tudo o que a gente construiu juntos. Estou trabalhando na minha cabeça pra não cair nessas armadilhas que volta e meia eu já me peguei caindo. Me dou uma sacudida, dizendo que vou ter tanta coisa pra sofrer, que esse vai ser o menor dos meus problemas”.
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Fonte: Glamour