Temporal em SP causa queda de árvores e 74 mil imóveis seguem sem luz; quinta tem alerta de chuva intensa | Brasil

A cidade de São Paulo registra 63 vias com ocupação de faixas na capital, dentre elas importantes avenidas do centro-oeste, como a Dr. Arnaldo e a Tiradentes. Também há 42 semáforos apagados por falta de energia,na manhã desta quinta-feira (13), após a tempestade do dia anterior.

Há outros quatro locais com falhas e outros quatro em amarelo intermitente, de acordo com a última atualização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Mais de 400 agentes de trânsito estão nas ruas para auxiliar na fluidez do trânsito. Os agentes canalizam os trechos das principais vias da cidade, com a colocação de cones onde há galhos ou parte de árvores.

A Defesa Civil recebeu, nas últimas 24 horas, 343 chamados de ocorrências de queda de árvore na capital, sendo 7 na zona Leste, 9 na zona Norte, 6 na zona Sul e 321 na zona Centro-Oeste.

Atualmente, são 129 equipes de poda de árvore, limpeza e zeladoria, da Secretaria Municipal das Subprefeituras, com cerca de 10 colaboradores em cada uma delas. Já a Defesa Civil, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), atua com 227 agentes e 47 viaturas.

Segundo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as chuvas acumularam aproximadamente 10,6mm em média na cidade.

As rajadas de vento atingiram 61km/h e houve queda de granizo nas regiões do Butantã, Pinheiros e Itaquera. O recorde de ventania na capital foi registrado em outubro de 2024, com 107,6 km/h na Zona Sul da cidade.

A chuva forte vai continuar ao menos até o próximo domingo (16), segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na quarta, o órgão federal ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária emitiu alerta amarelo, de perigo potencial para chuvas intensas, para todo o Estado de São Paulo, com validade até o meio da manhã desta quinta-feira (13), mas que pode ser renovado.

Esse tipo de alerta prevê acumulados de até 50 mm de chuva em 24 horas, além de ventos intensos, de até 60 km/h.

De acordo com o CGE, da Prefeitura de São Paulo, em Santana, na zona Norte, foram registradas rajadas de vento de quase 63 km/h, por volta das 17h20 de quarta.

Na Sé, onde a queda de uma árvore provocou a morte do taxista de 43 anos, ao atingir o veículo em que ele estava, o acumulado de chuva até às 18h20 chegou a 23,2 mm – foi o maior da cidade.

De acordo com a Climatempo, o deslocamento de uma frente fria sobre o estado no início da semana provocou a instabilidade.

Essa frente fria, conforme a agência, canaliza mais umidade da faixa norte do Brasil, o que intensifica a instabilidade sobre o estado e também sobre a capital.

Pela primeira vez desde 14 de fevereiro a cidade de São Paulo pode ter temperatura abaixo de 30°C nesta quinta-feira. A tendência, aponta o Inmet, é de 29°C de máxima na estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte, onde é feita a mediação oficial da cidade.

Em outro alerta, o instituto afirmou que o extremo sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o litoral sul de São Paulo há perigo de volumes de chuva de até 100 mm em 24 horas. O aviso, que pode ser renovado, também vai até a manhã desta quinta-feira.

Conforme boletim do Inmet, chuvas intensas também devem persistir na faixa norte do país devido à atuação da zona de convergência intertropical, resultando em acumulados expressivos no Amapá, no norte e nordeste do Pará e no Maranhão.

Além disso, fortes chuvas prometem atingir Rondônia, Roraima, Amazonas, Acre e áreas de Mato Grosso, impulsionadas pelo calor e pela alta umidade. Algumas dessas regiões também estão sob aviso laranja (perigo) até esta quinta-feira.

Fonte: Valor

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