A Temu anunciou que vai encerrar o envio de produtos diretamente da China para os americanos. Com a mudança, a empresa passará a cobrar tarifas de importação e todas as vendas nos Estados Unidos serão realizadas por varejistas sediados no país, com estoques e envios locais.
Em comunicado enviado ao site “Business Insider”, a Temu afirma que os preços para os consumidores dos Estados Unidos não serão alterados durante a reformulação.
No entanto, especialistas alertam que os americanos devem sentir um aumento nos valores das mercadorias, já que antes elas chegavam sem tributação e agora poderão ser taxadas em US$ 100 ou em mais de 100% do valor do produto. O custo, portanto, deve ser repassado aos consumidores.
A reformulação da Temu acontece em resposta ao fim da regra de isenção de tarifas que permitia a entrada nos Estados Unidos de bens de até US$ 800 (o equivalente a R$ 4.527,76 na cotação de hoje) sem a cobrança de impostos adicionais.
Conhecido pelo nome “de minimis”, o formato de isenção foi criado a partir de uma lei de 1938 para facilitar as operações alfandegárias e vinha sendo explorado por e-commerces como a Temu para vender mercadorias, principalmente eletrônicas, a preços muito mais baixos do que os praticados no varejo comum.
A isenção “de minimis” foi criticada pelo governo dos Estados Unidos nos últimos anos e passou a ser restringida já no primeiro mandato de Donald Trump, com o objetivo de diminuir a concorrência estrangeira no mercado local.
Fonte: Valor