O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite desta segunda-feira (27) uma série de ordens executivas que irão reformular as forças armadas do país, incluindo a criação de um sistema de defesa antimísseis de “próxima geração” para os EUA.
Uma das ordens propõe um “Domo de Ferro” para o país, inspirado no sistema israelense de defesa antimísseis de curto alcance, usado há anos para interceptar lançamentos vindos da Faixa de Gaza. Os EUA já investiram bilhões de dólares no Domo de Ferro, e o exército americano possui seu próprio sistema.
“A ameaça de armas estratégicas de próxima geração tornou-se mais intensa e complexa, com o desenvolvimento, por adversários pares e quase-pares, de sistemas de lançamento de próxima geração”, afirmou a Casa Branca, em comunicado. “Para avançar o objetivo de paz por meio da força, os EUA proverão a defesa comum de seus cidadãos e da nação, implantando e mantendo um escudo antimísseis de próxima geração”.
A ordem descreve possíveis ataques aéreos avançados como uma “ameaça catastrófica”, embora nenhum desses tipos de armas tenha sido lançado contra o território dos EUA em guerras modernas.
Uma das ordens, assinadas por Trump durante o voo de retorno a Washington vindo da Flórida, também acaba com o programa de diversidade, equidade e inclusão (DEI) nas forças armadas.
“Infelizmente, nos últimos anos, tanto a liderança civil quanto a militar têm implementado programas de DEI e suas respectivas preferências baseadas em raça e sexo dentro das forças armadas”, disse a Casa Branca. “Essas ações enfraquecem a liderança, o mérito e a coesão das unidades, comprometendo assim a letalidade e a prontidão da força”.
A medida parece estar abrindo caminho para uma proibição de soldados transgêneros nas forças armadas. Trump tentou implementar tal proibição durante seu primeiro mandato, mas ela se enrolou nos tribunais por anos antes de ser anulada por Joe Biden logo após ele assumir o cargo.
Uma terceira ordem executiva instrui a reintegração de todos os membros ativos e da reserva que foram dispensados por não se vacinarem contra a covid-19. Eles serão reintegrados com suas antigas patentes e receberão pagamento retroativo e benefícios
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Fonte: Valor