A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (3) que a Justiça Eleitoral já começou a adotar as providências necessárias para a realização das eleições presidenciais do ano que vem e que monitora cada “inovação tecnológica” com muita atenção.
Em sua fala, durante a sessão de abertura da Corte eleitora, ela apontou que uma das preocupações continuam sendo o mau uso das redes sociais e como isso pode influenciar no voto do eleitor.
“Cada inovação tecnológica, cada novidade sobre redes sociais, é objeto de atenção e cuidado muito especial dessa casa, pela repercussão que pode ter sobre o direito às liberdades, especialmente a liberdade de se informar e votar.”
Para ela, “há de se garantir as liberdades com informação correta, para que a expressão [do voto] seja manifestação de liberdade, não de exposição manipulada “.
Cármen Lúcia disse ainda que a Justiça existe para “as gentes e não para as máquinas”. “Máquinas são coisas que nos ajudam, que interferem cada vez mais nas vidas humanas, mas que também podem promover desumanidade, como vem sendo praticadas muitas vezes. Mas é preciso impedir que elas façam prosperar a violência, a agressão e o medo nas pessoas, porque se isso não ocorrer, chegará o dia que elas nos matarão. Morremos de medo.”
A presidente do TSE ponderou que, mesmo 2025 não sendo ano eleitoral, a corte não pode deixar de trabalhar e tem o dever de garantir que o pleito ocorra sem sobressaltos.
“Para a garantir de eleições livres e democráticas esse tribunal trabalha ininterruptamente. E para as eleições de 2026 as providências já começaram a ser implementadas”, afirmou.
Ela disse ainda que a “democracia não é prática de momento, mas de permanência”. “Porque democracia se faz todo dia, assim como a Justiça também.”
Cármen Lúcia afirmou também que “a Justiça Eleitoral tem o compromisso de preparar tudo que seja necessário para o exercício do direito livre ao voto”.
A presidente do TSE também agradeceu a presença dos novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e defendeu a importância da harmonia entre os Poderes. O Executivo foi representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
“Não vivemos tempos fáceis, mas hoje nós temos muito mais instrumentos e vontade democrática para superar nossas vulnerabilidades, com prudência, coragem e com serenidade. Sem democracia, não há liberdade. Sem liberdade, não há Justiça. Sem Justiça, não há dignidade”, concluiu.
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Fonte: Valor