O dia, que começou cedinho e já atarefado, agora escurece.
O clima esfriou conforme a noite se aproximava.
Os olhos estão cansados — se você os fecha, consegue sentir um ardor por conta das horas e horas em frente às telas.
Você trabalhou muito.
Deu checks, fez reuniões, escreveu incontáveis mensagens no WhatsApp, resolveu desde os problemas do trabalho até o agendamento do oculista do seu cachorro. Sua mente transitou por diversos assuntos. Houve momentos de calmaria e outros de mais estresse — assim como todo dia.
Foto: A crônica de todo dia (Pinterest)
E, assim como ontem e anteontem, também chegou a hora de fechar o computador
– mas aí a culpa bateu.
“Será que fiz o suficiente?”,
“Será que foi o bastante?”,
“Será que eu não conseguiria fazer um pouco mais?”
A real é que ninguém nos cobra mais do que nós mesmas.
Uma cobrança silenciosa mas ensurdecedora – aquela que não nos deixa dar uma pausa porque nos cobra por não estarmos fazendo “tanto quanto o outro” ou o tanto que a nossa mente acredita precisar fazer para “chegar lá”.
E é aí que mora o perigo: na comparação.
Essa constante necessidade de se cobrar e se comparar com o outro só nos leva a um círculo vicioso de frustração e ansiedade.
Porque, no fundo, não existe “tanto quanto o outro” – cada um tem seu próprio ritmo, suas próprias batalhas, suas próprias conquistas, seus próprios sonhos e seus próprios “lás”.
E está tudo bem parar. Está tudo bem respirar. Está tudo bem reconhecer seus limites.
Então, permita-se reconhecer que você fez o seu melhor hoje – e isso, por si só, já é o suficiente.
Amanhã é um novo dia, com novas energias, novas oportunidades e novas amanhãs atarefadas para você fazer tudo de novo.
Se você ler isso pela manhã: vai fundo, dê seu melhor e seja generosa com você mesma.
Agora se você ler isso pela noite, pós um longo dia de trabalho: já deu, pode desligar esse computador.
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Fonte: Steal the Look
