A Unilever investirá R$ 410 milhões em sua cadeia de produção no Brasil nos próximos anos, incluindo novas linhas de produção e estrutura logística e de distribuição. Os aportes foram divulgados nesta terça-feira (1º) pelo vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
De acordo com a companhia, cerca de R$ 265 milhões serão destinados à quarta linha de desodorantes na fábrica de Aguaí (SP), que deve ampliar a capacidade de produção em 30%. A nova linha estará apta para produzir Rexona e Dove, líderes de mercado, e também Axe e Suave.
A Unilever afirma que esse é o maior investimento na linha de cuidados pessoais desde 2015, quando R$ 500 milhões foram destinados à construção da unidade. Com o início de atividades da quarta linha, segundo a Unilever, a unidade de Aguaí voltará a atender toda a demanda por desodorantes aerossóis no Brasil, deixando de importar “uma pequena parte da produção” da Argentina.
Outros R$ 145 milhões serão investidos em logística, incluindo um novo centro de distribuição em Serra (ES), que atenderá as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Outro novo ativo será um hub logístico em Itupeva (SP), com automação total de descarregamento, movimentação, armazenagem e carregamento.
A unidade logística de Itupeva receberá a produção das fábricas de Aguaí, Valinhos e Vinhedo, repassando produtos para os centros de distribuição da Unilever em todo o país, como em Minas Gerais, Goiás e Pernambuco.
A companhia afirmou que os investimentos devem apoiar uma expansão de 40% da capacidade de armazenamento. Com as duas inaugurações neste ano, o número de centros logísticos passará de sete para nove.
De acordo com o relatório de resultados da companhia do quarto trimestre de 2024, o negócio de desodorantes foi um dos destaques do portfólio de cuidados pessoais.
A Unilever, que também atua na indústria de alimentos, viu o lucro cair 10,8% no ano passado, para US$ 6,4 bilhões. A receita da divisão de cuidados pessoais cresceu 5,2%, refletindo uma alta de 2,1% nos preços e de 3,1% em volumes.
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Fonte: Valor