A Vigilância Sanitária de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, emitiu novo alerta sobre os riscos à saúde provocados pelo uso de câmaras de bronzeamento artificial com finalidade estética, prática proibida no Brasil desde 2009. Mesmo com a proibição em vigor, o uso clandestino desses equipamentos ainda persiste em algumas regiões do país.
Para coibir a prática ilegal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no início de abril a Resolução RE nº 1.260/2025, que amplia o escopo da proibição ao vetar também a fabricação, importação, comercialização, distribuição, propaganda e armazenamento de lâmpadas fluorescentes de alta potência, usadas nesses equipamentos.
O uso das câmaras foi vetado oficialmente pela Resolução RDC nº 56, de 2009, com base em estudos e recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A exposição artificial à radiação ultravioleta A (UVA), mesmo por curtos períodos, está associada a um risco significativo de câncer de pele, envelhecimento precoce, queimaduras e lesões oculares.
Segundo o Inca, o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, representando cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país. A exposição excessiva à radiação UVA — presente nas câmaras de bronzeamento — aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença, especialmente o melanoma, sua forma mais agressiva.
Além dos riscos dermatológicos, o uso dessas câmaras pode causar danos aos olhos, como fotoqueratite (inflamação da córnea), fotoconjuntivite, catarata precoce e lesões na conjuntiva.
A Anvisa também expressa preocupação com legislações pontuais em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais que tentam legalizar o uso das câmaras, contrariando a norma federal vigente. A agência afirmou que tomará as medidas legais cabíveis para garantir a proteção da saúde da população.
Como denunciar
A Vigilância Sanitária orienta a população a denunciar estabelecimentos que oferecem bronzeamento artificial por meio de câmaras. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (41) 3614-7769 ou para a Ouvidoria da Saúde pelo telefone 0800-643-7744.
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Fonte:Bem Paraná
