Seu começo na música foi, segundo ela, sem pretensão de se tornar uma estrela do gênero musical. Desde muito pequena, Viviane mostrava seu talento com a voz e, em Santa Izabel do Pará, uma cidade que respira a música paraense, dava os seus primeiros passos como artista. “O tecnomelody sempre esteve presente na minha vida, então foi natural seguir esse caminho. No fim, deu certo, e cá estou, há mais de 20 anos levando essa batida paraense para o mundo”, disse a cantora, em entrevista exclusiva à Glamour.
“Nunca, nem nos meus maiores sonhos, imaginei que iria ser indicada, e muito menos ganhar. Jamais passou pela minha cabeça que o reconhecimento viria dessa forma. Foi uma mistura de emoção, gratidão e orgulho. Cada passo que dei naquele palco foi como se fosse uma homenagem à minha terra, às minhas raízes. Fui, sem dúvida, uma das pessoas mais felizes do mundo ali. O mais incrível de tudo foi ver que o prêmio foi decidido por voto popular. Foi maravilhoso ver as pessoas do meu estado se reunindo, fazendo campanha, e se sentindo representadas por essa vitória. Isso fez o momento ainda mais especial”, relembra.
Vivi destaca, então, os desafios de fazer da música paraense um patrimônio musical histórico, assim como outros ritmos mais conhecidos. “Meu maior desafio é ser ouvida. As vozes que vêm do Norte do país historicamente têm menos espaço no Brasil todo, mesmo sendo tão potentes quanto qualquer outra. A gente tem uma cultura riquíssima, um ritmo contagiante, mas romper essa barreira e levar o tecnomelody pra outros cantos ainda é um processo desafiador”, reflete.
Apesar dos desafios, o reconhecimento da música paraense deu gás e esperança para Vivi Batidão continuar fazendo seu trabalho e seguir firme em sua missão. “Hoje, me sinto pronta para isso. Tenho uma base sólida de carreira no meu estado, onde sempre tive muito apoio e reconhecimento. É essa força que me impulsiona agora, nesse momento em que quero e posso alcançar novos espaços. O tecnomelody merece ser gigante, e eu tô aqui pra fazer essa história acontecer”.
“Joelma não é apenas uma estrela, ela é a maior do norte e uma das maiores do país. Ela é um ícone que levou o som do Pará para o Brasil e o mundo. Sua trajetória é um verdadeiro exemplo de luta, amor à sua terra e, acima de tudo, de autenticidade. Homenageá-la é uma forma de celebrar a nossa cultura e reconhecer seu legado, agradecendo por ter sido resistência durante seus mais de 30 anos de carreira, lembrando o poder que a música tem de conectar e transformar vidas”, afirma.
Fonte: Glamour