Voo com deportados dos EUA segue em Manaus e sem previsão para chegar em BH | Brasil

O avião com deportados dos EUA, que deveria ter pousado ontem no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, teve um problema técnico e segue parado no Aeroporto de Manaus.

O voo deve decolar para BH na tarde deste sábado (25), mas não há previsão de horário para a chegada. Oitenta e oito passageiros brasileiros estão sendo transportados, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Por acordo estabelecido entre os dois países, os deportados só podem desembarcar no destino final, e não está claro se os passageiros desembarcaram e onde passaram a noite.

A aeronave estava prevista para pousar em Confins às 20h. A aeronave apresentou um problema no ar condicionado, o que fez com que alguns passageiros se sentissem mal, segundo explicou a Polícia Federal. O voo foi cancelado e o avião, retido para manutenção.

Este é o primeiro voo da nova era Trump, mas já estava previsto antes mesmo da posse. Apesar de o republicano ter endurecido medidas anti-imigração, Brasil e Estados Unidos têm um acordo desde 2017 para deportações.

Em 2025 outro voo já trouxe 100 deportados ao Brasil. Neste caso, o avião pousou em Confins no dia 10 de janeiro, após partir de Alexandria (EUA), sob a gestão do então presidente Joe Biden.

Em 2024, 17 voos trouxeram mais de 2.100 deportados, superando a marca de 2023, que registrou 14 voos deste tipo, totalizando pouco mais de 1.400 pessoas.

O Itamaraty acompanha a situação dos brasileiros nos EUA para avaliar algum tipo de assistência.

A Casa Branca anunciou 538 prisões e “centenas de deportados” nos últimos quatro dias. “Isso é somente uma prévia”, diz publicação feita na rede social X.

O perfil oficial do governo também divulgou os nomes e os crimes cometidos por alguns dos imigrantes presos. No início da semana, o Congresso, de maioria republicana, aprovou uma lei para prorrogar a prisão preventiva de estrangeiros suspeitos de crimes.

Trump assinou decretos de “emergência nacional” relacionados à migração assim que assumiu a presidência. Ele anunciou o envio de tropas à fronteira sul e disse que “deportaria milhões”, seguindo promessas da sua campanha.

Fonte: Valor

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