Apresentadora contou que passou por um transplante capilar recentemente, após lidar com a queda progressiva dos fios e perceber o impacto disso em sua autoestima Ícone da TV brasileira, Xuxa Meneghel abriu o coração ao falar sobre a alopecia androgenética — uma condição que afeta milhões de mulheres e ainda é cercada de preconceito e silêncio. A apresentadora contou que passou por um transplante capilar recentemente, após lidar com a queda progressiva dos fios e perceber o impacto disso em sua autoestima. Mesmo com o apoio amoroso do marido, Junno Andrade, ela revelou que se incomodava ao ver a rarefação capilar avançando, principalmente na parte superior da cabeça.
Xuxa explicou que a condição tem origem genética e já era conhecida na família: sua mãe também teve pouco cabelo e apresentava falhas na mesma região. A situação se agravou após ela iniciar uma reposição hormonal com testosterona, o que acabou acelerando ainda mais a perda dos fios. “Eu estava me sentindo mal com aquela carequinha”, desabafou ela em entrevista ao Domingo Espetacular. E mesmo recebendo elogios do companheiro, decidiu encarar o procedimento. “Quis fazer para mim”, contou.
O transplante capilar durou cerca de nove horas e envolveu a implantação de 3 mil fios. Segundo a apresentadora, o resultado até agora tem sido animador, mas os efeitos completos devem aparecer apenas dentro de alguns meses. Para muitas mulheres, assim como para Xuxa, lidar com a calvície vai muito além da estética: é também um processo emocional profundo, que mexe com identidade e confiança.
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A boa notícia é que os tratamentos estão cada vez mais modernos e personalizados. Além do transplante, existem alternativas como o uso de ácido hialurônico injetável no couro cabeludo, radiofrequência microagulhada e terapias regenerativas — todos com o objetivo de estimular o crescimento dos fios e recuperar a densidade capilar.
Alopecia androgenética: entenda o diagnóstico revelado por Xuxa
Em entrevista recente, a apresentadora Xuxa Meneghel dividiu que recebeu o diagnóstico de alopécia androgenética, condição sem cura e que causa a perda de cabelos em homens e mulheres. “Minha vontade é passar máquina zero, mas acho que as pessoas ficariam assustadas”, disse em entrevista exibida no canal pago GNT.
“Este é nome científico da calvície feminina e masculina. É uma condição que gera um grande impacto emocional nas mulheres e até mesmo nos homens, que culturalmente tem ‘permissão’ para ficarem calvos, mas atualmente já não lidam bem com esse fato também”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro. A seguir, especialistas compartilham respostas para as principais dúvidas sobre o problema.
Sinais de alopecia androgenética
“Causada principalmente por fatores hereditários, a alopecia androgenética é caracterizada por uma queda contínua dos cabelos, que são substituídos por fios cada vez mais finos e menores até a interrupção total do crescimento”, afirma o dermatologista Daniel Cassiano . “Nas mulheres, o afinamento capilar pode afetar toda a cabeça, mas de forma difusa e não simultânea, além de dificilmente causar calvície total, coisa mais comum nos homens, já que ele atinge o topo e a parte frontal da cabeça”, completa.
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“Cabelos fininhos como de bebê, couro cabeludos à mostra, algumas falhas, entradas nas laterais, fios mais claros que o normal, quantidade de cabelos da nuca muito maior que a do topo da cabeça e queda de fios são as queixas que escuto dos pacientes”, diz Lilian.
Além da genética, outros fatores também podem estar envolvidos no desencadeamento e piora do afinamento capilar, como mudanças hormonais. “Alterações na tireoide e desequilíbrios nos níveis de cortisol em momentos de estresse, dos hormônios andrógenos, como a testosterona, e dos hormônios femininos em fases como a menopausa e a gestação podem provocar e acentuar o afinamento dos fios”, alerta o médico. Segundo ele, a alimentação também tem um papel importante nesse processo. “Alimentação restritiva, dietas pobres em proteína, longos períodos de jejum e deficiência de ferro e zinco, por exemplo, também pioram o quadro.”
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Como identificar o problema?
O afinamento capilar pode ser facilmente identificado ao notar que os cabelos estão se desprendendo do couro cabeludo espontaneamente em número maior que 100 fios por dia, que há diminuição acentuada da densidade ou do volume capilar ou ao observar o aparecimento de falhas.
Meu cabelo está mais fino. O que fazer?
Nesse momento, é de extrema importância ir ao médico para confirmação do diagnóstico. “A alopecia androgenética é uma condição progressiva, ou seja, que tende a piorar rapidamente se não for tratada. Logo, o melhor é procurar um dermatologista o quanto antes para iniciar o tratamento”, recomenda.
Quais são os tratamentos?
Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores e mais rápidos serão os resultados. Segundo o dermatologista, o tratamento é individualizado caso a caso de acordo com o diagnóstico. Mas, no geral, o médico poderá recomendar o uso de shampoos e loções formuladas com ativos específicos para o crescimento capilar e, dependendo do quadro, suplementos nutricionais e hormônios. Além disso, atualmente, o consultório dermatológico também está repleto de tecnologias para combater o processo de afinamento dos fios, caso dos métodos de microagulhamento, drug delivery, entre outros.
Em casos mais severos, também é possível considerar transplantes capilares. “Ainda assim, é de extrema importância que os pacientes realizem o tratamento clínico para calvície em paralelo ao transplante capilar para evitar que a calvície continue a evoluir nos fios não transplantados. Mesmo em casos de calvícies ainda em estágios iniciais, quando o transplante pode ainda não ser indicado, é importante que o paciente já inicie o tratamento clínico, visando conter o avanço da calvície”, afirma o cirurgião plástico Diogo Coimbra.
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Fonte: Glamour